O déficit habitacional em Santa Catarina é de 145.363 mil moradias. É como se quase toda a população de Chapecó, com cerca de 155 mil habitantes, precisasse de uma nova casa.
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O número faz parte do diagnóstico apresentado nesta terça-feira, em Florianópolis, durante o seminário A Ação Habitacional no Estado de Santa Catarina, na Assembleia Legislativa.
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O estudo foi elaborado pela empresa Demacamp e apresentado pelo sociólogo Flávio Henrique Ghilardi. O diagnóstico é baseado em dados do Ministério das Cidades e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Além disso, foram feitos levantamentos por meio de formulários eletrônicos junto às prefeituras e obtidas informações em reuniões em cada uma das 36 secretarias de desenvolvimento regional de Santa Catarina.
De acordo com o último levantamento do Ministério das Cidades, divulgado em setembro, Santa Catarina é hoje o estado brasileiro com o menor déficit habitacional relativo, com 7,6%. O número é proporcional ao total de domicílios do país.
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As secretarias de desenvolvimento regional que registram o maior déficit estão no Extremo-Oeste: Seara (11,29%), Xanxerê (11,02%), Itapiranga (9,70%), Dionísio Cerqueira (9,28%) e São Lourenço do Oeste (9,08%).
Em relação aos números absolutos, as maiores carências ocorrem nas secretarias da Capital (13.14%), Joinville (8.93%), Itajaí (6.71%), Blumenau (6.62%) e Criciúma (6.47%).
Atendimento à demanda
O trabalho, iniciado em janeiro, traça um perfil do setor de habitação e compreende os possíveis obstáculos para o atendimento à demanda existente.
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– Essa análise traz elementos que mostram a diversidade que existe no Estado e que vão ser usados na elaboração do Plano Catarinense de Interesse Social (PCHIS). Vão ser previstas iniciativas a curto, médio e longo prazo até o ano de 2023 – explica o sociólogo.
De acordo com Maria Darci Mota Beck, diretora presidente da Companhia de Habitação do Estado (Cohab), órgão organizador do seminário, as diretrizes apontadas no estudo e no encontro serão utilizadas para definir quais as ações que devem ser desenvolvidas. A intenção é incentivar programas que ofereçam casas sólidas e seguras com no mínimo 36 metros quadrados.
– Vamos identificar as necessidades das famílias de baixa renda no nosso Estado e atendê-las através de parcerias com os governos municipal, estadual e federal.
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As famílias com renda de até três salários mínimos são as que mais sofrem com a falta de moradia própria e atingem 77,1% do total. Em segundo, com 13,9%, estão aquelas que recebem de três a cinco salários mínimos e apenas 9% com renda acima de cinco salários mínimos ainda não são proprietários de uma residência.