A Fundação Univali, que administra o Hospital desde 2002, disse que vai dar todo apoio para a comissão formada pelos vereadores que vai estudar as dificuldades do Hospital Pequeno Anjo, de Itajaí. O reitor da universidade, Mário Cesar de Souza, disse que a administração da unidade não tem dívidas porque são os recursos da faculdade que cobrem o déficit mensal do Pequeno Anjo. Segundo ele, este déficit chega a cerca de R$ 600 mil por mês:
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– Se continuar assim, a gente não tem como continuar com o hospital aberto. Entendemos que saúde é de responsabilidade do poder público.
O reitor disse que, assim que a fundação assumiu o Pequeno Anjo, teve apoio do poder público, mas que ele foi diminuindo com o tempo. Para ele, a defasagem da tabela SUS é o principal motivo da administração do hospital ter que conviver com o prejuízo. De 78% a 82% dos atendimentos são pelo Sistema Único de Saúde.
Souza lembrou que o segundo item da carta de pedidos entregue ao governador Raimundo Colombo, quando da assinatura a liberação de recursos para o Hospital Marieta Konder Bornhausen, era justamente a ajuda ao Hospital Infantil:
– Na oportunidade, ele falou que pensa em nos ajudar. Mas não disse como.
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O reitor garantiu que não faltam materiais porque a fundação compra. Sobre a falta de pediatras, ele disse ser uma realidade nacional, já que vem diminuindo consideravelmente o número de especialistas formados em todo país. Mas ele considera que a reabertura da ala de queimados hoje não é viável, já que a demanda não era suficiente para se manter uma especialidade como esta.