O Brasil teve, em 2012, seu pior saldo comercial com os países ricos em mais de um quarto de século. Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, além de informações de governos estrangeiros, apontam que o déficit comercial do Brasil com as potências do G-7 atingiu um recorde no ano passado, somando um buraco de cerca de US$ 14,7 bilhões.
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Pela documentação do governo brasileiro, o resultado não encontra equivalente desde 1989, pelo menos. Balanças comerciais da Alemanha, Reino Unido e França apontam que o saldo negativo não chega a esse valor desde 1987.
O G-7 reúne as maiores economias industrializadas do mundo: EUA, Reino Unido, França, Canadá, Alemanha, Itália e Japão. Se politicamente o grupo perdeu força diante da emergência da China e dos demais Brics, comercialmente esses países ainda dominam cerca de 50% do comércio mundial. Com o conjunto de países ricos – o que inclui as 30 economias da OCDE -, o déficit chegou a US$ 12,9 bilhões, numa corrente de comércio de US$ 209 bilhões.
No ano, as vendas brasileiras à Europa caíram 7%, ante um aumento das exportações do bloco ao mercado nacional de 2%. O resultado foi a queda do superávit do Brasil com a região, passando de um saldo positivo de US$ 10,8 bilhões em 2007 para apenas US$ 1,1 bilhão em 2012.
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