Na capital catarinense, as pessoas surdas têm espaço garantido para se alfabetizar e concluir o ensino fundamental. A Secretaria Municipal de Educação (SME) se uniu à Associação dos Surdos da Grande Florianópolis para oferecer à população o acesso à educação básica.
Continua depois da publicidade
Na sede da Associação é ministrado, no período vespertino, um curso de Educação de Jovens, Adultos e Idosos, atendendo atualmente matriculados com idade entre 15 e 50 anos.
Para a presidente da entidade, Sandra Lúcia Amorim, “a iniciativa, na modalidade bilíngue (Libras- Português), é uma oportunidade para que os participantes se apropriem dos conhecimentos por meio da Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS, a primeira língua das pessoas surdas.”
No horário das 13h às 17h, o curso é freqüentado por 15 alunos que retornam às aulas na próxima segunda-feira, dia 4.
Entre os principais desafios para a Secretaria de Educação ao assumir a parceria, está o de conjugar as necessidades de escolarização desse segmento específico com a política de inclusão da rede municipal de ensino. Por isso, as turmas bilingues são mistas, destinadas a estudantes surdos e não surdos.
Continua depois da publicidade
Cabe à Secretaria disponibilizar para o projeto uma pedagoga com conhecimento em Libras, material didático, além de alimentação.
Conforme Sônia Carvalho, gerente de Educação Continuada da SME, os surdos buscam na Eja uma referência para solucionar problemas encontrados na vida social. “Para uma convivência mais justa e igualitária, os alunos precisam ter conhecimento da língua escrita”, afirma.
A gerente de Educação Continuada observa que o papel da Secretaria de Educação é de se empenhar para garantir aos alunos o pleno exercício da cidadania. “Eles devem ser capazes de compreender os seus direitos e deveres e terem melhor desempenho no mercado de trabalho”.