Advogados de defesa do jornalista Rogério Postai pediram a sua absolvição no júri popular em que é acusado do assassinato do advogado Rodrigo da Luz Silva, em Florianópolis. O julgamento acontece desde a manhã desta sexta-feira, no Fórum.
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Três advogados do réu falaram no tempo de manifestação da defesa, que se encerrou às 19h05min. A tese foi a de que Postai atirou em Rodrigo em razão de violenta emoção após injusta agressão sofrida na data do fato.
Postai matou o advogado a tiros no Bairro Rio Tavares, em 2010. O motivo teria sido desentendimento no condomínio em que ambos residiam e em que o advogado havia sido síndico.
No começo, a defesa mostrou fatores que teriam deixado Postai com receio de perder o seu imóvel no condomínio. Depois, reproduziu aúdio de gravação de uma reunião 40 dias antes da morte, em que avalia que Postai foi supostamente agredido e humilhado por Rodrigo.
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– Rodrigo teria o ameaçado, deu tapa e chute nas pernas, estava alterado e Rogério (Postai) achou que ele iria pegar uma arma. Ele (Postai) não pensava em nada a não ser em se defender, não é e nunca foi bandido – disse aos jurados a advogada Ediléia Buzzi sobre os tiros disparados por Postai em Rodrigo.
A advogada ressaltou no plenário que Postai é servidor do Ministério Público Federal e estudante de Direito, que não tem antecedentes criminais e nunca se envolveu com violência.
– Não se pode condenar alguém que agiu em legítima defesa – insistiu a defensora.
Ao final, o advogado Jeremias Felsky encerrou a manifestação da defesa. A sessão continua com a réplica do Ministério Público com o prazo de uma hora. O mesmo valerá para a defesa que terá direito a tréplica.
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Depois, os jurados vão se reunir para a votação dos quesitos e decidirão se absolvem ou condenam o réu pelo assassinato. O júri é presidido pelo juiz Paulo Marcos de Farias. A previsão é que a sentença seja lida depois das 22h. Familiares da vítima e do réu acompanham o julgamento.