A defesa de Evanio Wylyan Prestini, motorista do Jaguar envolvido em um acidente de trânsito no final de fevereiro que matou duas jovens e feriu outras três, na BR-470, em Gaspar, entrou nesta quarta-feira com o pedido de soltura dele. É o segundo pedido de liminar de habeas corpus feito ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) e a quinta vez que a defesa toma essa medida na Justiça.
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No documento de 43 páginas, os advogados Antônio Nabor Bulhões e José Carlos Porciúncula afirmam que Evanio passa por “constrangimento ilegal em razão de decreto de prisão preventiva contra ele”. No ofício, a defesa alega ainda que o motorista do Jaguar “é portador de bons antecedentes”. A defesa ainda pede no documento que “seja, finalmente, deferida a ordem de habeas corpus para o efeito de declarar-se a nulidade do decreto de prisão ilegal e abusivamente expedido em desfavor de Evanio”.
Em 14 de março, o TJSC decidiu de forma unânime manter a prisão preventiva de Evanio. Na semana passada, a juíza Bruna Luiza Hoffmann, da Vara Criminal da Comarca de Gaspar, negou pela quarta vez o pedido de liberdade do motorista.
CONTRAPONTO
A reportagem entrou em contato com o advogado Antônio Nabor Bulhões, em Brasília (DF). A assessoria de Bulhões informou que ele estava em reunião e que retornaria a ligação assim que possível.
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O acidente
A batida envolvendo o Jaguar e um Fiat Palio aconteceu por volta das 6h da manhã de 23 de fevereiro na BR-470, em Gaspar. Duas garotas morreram, Amanda Grabner Zimmermann, 18, e Suelen Hedler da Silveira, 21. O condutor do carro de luxo, Evanio Prestini, foi submetido ao teste do bafômetro que apontou 0,72 miligrama de álcool por litro de ar expelido, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal. Ele foi preso em flagrante.
No dia seguinte ao acidente, a prisão foi convertida para preventiva. Os advogados de Evanio pediram a revogação da prisão, que foi negada pela Comarca de Gaspar. A defesa, então, entrou com o pedido de uma liminar de habeas corpus no Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), que também foi negado.
Quase duas semanas depois, no julgamento do Colegiado, os desembargadores decidiram por manter Evanio preso.