Os advogados de defesa de Jakson Felipe Lahr, condenado na semana passada a 101 anos de prisão por triplo feminicídio, entraram com recurso judicial pedindo a revisão da condenação. Agora, o processo deve ir ao Tribunal de Justiça. No entanto, ele deve seguir preso em Maravilha, onde está desde a condenação em júri realizado em Cunha Porã.

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Em julgamento que durou 15 horas, o homem foi condenado a 101 anos de prisão em regime fechado e a indenização de R$ 600 mil para a família das vítimas.

O crime foi no dia 27 de fevereiro de 2017, na linha Sabiazinho, interior de Cunha Porã. O réu é acusado de matar com 19 facadas a ex-companheira Rafaela Horbach, 15 anos, com quem teve um filho num relacionamento de 11 meses, e as cunhadas Fabiane Horbach, de 12 anos, e Juliane Horbach, de 23 anos.

Também é acusado da tentativa de homicídio contra o marido de Juliane, Gilvane Meyer, que teve 17 perfurações, inclusive no estômago e pulmões, mas fingiu-se e morto e ainda conseguiu pedir socorro para um vizinho.

No dia do crime Lahr teria arrombado a casa de Gilvane e Juliane, que também abrigava Rafaela e o filho após o fim do relacionamento da irmã. A irmã mais nova também estava no local.

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No dia do velório familiares relataram que Lahr não aceitava o fim do relacionamento e a restrições em ver o filho. A defesa do réu chegou a pedir mudança de lugar do júri, pela comoção social, mas o Tribunal de Justiça manteve o julgamento em Cunha Porã.

Durante o depoimento Lahr falou por apenas dez minutos. Disse que não lembrava de nada. Os advogados de defesa são Heronflin Angelo Dallalibera e Adilson Luiz Raimondi.