A defesa de Evanio Wylyan Prestini entrou nesta segunda-feira com o sexto pedido de habeas corpus do motorista envolvido em um acidente que acabou com duas jovens mortas e deixou outras três feridas. Desta vez o pedido de liberdade foi feito ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Conforme consta no processo online, a decisão pela soltura ou não está agora sob a responsabilidade da ministra Laurita Hilário Vaz. O último pedido foi negado pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC) no último dia 11.

Continua depois da publicidade

No documento a defesa volta a ressaltar que Evanio "é um jovem que por uma infelicidade do destino se envolveu numa fatalidade, tendo que conviver com o manto da culpa de ter ceifado a vida de duas jovens e colocado em risco a vida das outras três". Ainda reitera que o motorista do Jaguar não apresenta perigo à sociedade, pois tem bons antecedentes, tem residência fixa e possui emprego lícito.

Os advogados de Evanio alegam que a prisão mantida desde o dia do acidente é baseada no clamor público. “Argumentos como a falta de credibilidade da Justiça e o temor ou a intranquilidade não servem de justificativa para a prisão provisória, notadamente, porque seriam cabíveis em qualquer processo contra qualquer réu. Em última análise, se aceitos transformariam a prisão preventiva em regra, quando se sabe, na realidade ser uma exceção”, diz o pedido de habeas corpus.

A reportagem procurou a defesa de Evanio para comentar o novo pedido de soltura, mas o advogado preferiu não se manifestar. De acordo com o site do Superior Tribunal de Justiça, ainda não há data para a solicitação ser julgada.

O acidente

A batida envolvendo o Jaguar e um Fiat Palio aconteceu por volta das 6h da manhã de 23 de fevereiro na BR-470, em Gaspar. Duas garotas morreram, Amanda Grabner Zimmermann, 18, e Suelen Hedler da Silveira, 21.

Continua depois da publicidade

O condutor do carro de luxo, Evanio Prestini, foi submetido ao teste do bafômetro que apontou 0,72 miligrama de álcool por litro de ar expelido, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal. Ele foi preso em flagrante.

No dia seguinte ao acidente, a prisão foi convertida para preventiva. Os advogados de Evanio pediram a revogação da prisão, que foi negada pela Comarca de Gaspar. A defesa, então, entrou com o pedido de uma liminar de habeas corpus no Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), que também foi negado.

Quase duas semanas depois, no julgamento do Colegiado, os desembargadores decidiram por manter Evanio preso.