A defesa do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto informou nesta terça-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) que ele ficará em silêncio durante a acareação com o ex-gerente de Serviços da empresa Pedro Barusco na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, prevista para quinta-feira. Vaccari está preso em um presídio na região metropolitana de Curitiba.

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Na petição enviada ao STF, o advogado Luiz Flávio D’Urso disse que pretende colaborar com a decisão do ministro Celso de Mello, que está na presidência do tribunal durante o período de recesso, sobre o possível adiamento da acareação entre Vaccari e Barusco.

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– No intuito de colaborar com Vossa Excelência para a decisão neste feito, presto tais informações, uma vez que o ato de acareação propriamente dito, na verdade não se realizará, e a dispensa do Sr. Pedro Barusco cancelará a sessão, evitando-se, assim, despesas desnecessárias de transporte das partes até Brasília – justificou D’Urso.

Na terça-feira, Barusco pediu ao ministro o adiamento da oitiva e afirmou que não tem condições físicas de comparecer à sessão. A defesa de Barusco alegou que, ultimamente, ele passou a sentir fortes dores e formigamentos nos membros inferiores, consequência de um câncer ósseo. Apesar de pedir o adiamento, ele assumiu o compromisso de ir à CPI quando estiver em boas condições de saúde.

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As acareações na CPI foram autorizadas pelo juiz federal Sergio Moro, responsável pelos inquéritos da Operação Lava-Jato, da Polícia Federal. A acareação entre Barusco e o ex-diretor de Serviços Renato Duque está prevista para quarta-feira. No dia seguinte, serão ouvidos Barusco e Vaccari. O doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa serão confrontados no dia 6 de agosto.

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*Agência Brasil