O advogado de Deise Moura dos Anjos, suspeita de envenenar um bolo com arsênio que matou três pessoas, além de matar o sogro e colocar veneno na bebida do marido e do filho, no Rio Grande do Sul, disse que deve contratar peritos criminais particulares. O objetivo, segundo informações da GZH, é analisar os documentos e exames de urina e sangue já realizados durante a investigação policial.

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O Instituto-Geral de Perícias (IGP) diz que recebeu na última semana os exames de três pessoas envolvidas no caso do bolo envenenado, e que os resultados finais dos laudos devem ser divulgados nesta semana. A defesa de Deise, no entanto, disse em nota ao GHZ que teve acesso aos laudos preliminares sobre as mortes, além dos documentos sobre a exumação do corpo de Paulo Luiz dos Anjos, sogro da suspeita, que morreu em setembro de 2024. Na análise, também foi encontrado arsênio.

Os laudos, segundo a defesa, não se referem à análises de urina do marido e do filho de Deise, onde também foi encontrado o veneno. A suspeita, segundo a Polícia Civil, é que o arsênio tenha sido adicionado a um suco de manga ingerido por ambos. O advogado disse que “não há judicialização das supostas novas vítimas”.

A nota termina salientando que Deise “permanece recolhida com prisão temporária, a investigação segue, e conforme decisão judicial, ainda restam diligências a serem realizadas para a elucidação dos fatos no inquérito”.

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Confira a nota na íntegra, divulgada pela GZH

“A defesa da acusada Deise, representada pelo escritório Cassyus Pontes Advocacia, vem se manifestar no sentido de que houve acesso aos laudos preliminares do IGP, quanto aos fatos ocorridos na Comarca de Torres, bem como o da exumação do corpo do Sr. Paulo Luiz dos Anjos.

Desta forma, já há contato com peritos criminais particulares para avaliação da documentação oficial e notícias veiculadas pelos meios midiáticos.

Entretanto, não há ainda a disponibilidade dos laudos referentes ao filho de Deise dos Anjos e seu companheiro, razão pela qual no momento não há judicialização das supostas novas vítimas.

Deise permanece recolhida com prisão temporária, a investigação segue, e conforme decisão judicial, ainda restam diligências a serem realizadas para a elucidação dos fatos no inquérito.

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Cassyus Pontes Advocacia”.

Três pessoas morreram

Deise está presa desde o dia 5 de janeiro, suspeita de triplo homicídio duplamente qualificado e tripla tentativa de homicídio duplamente qualificado. Maida Berenice Flores da Silva, de 58 anos, Tatiana Denize Silva dos Santos, de 43, e Neuza Denize da Silva dos Anjos, 65, morreram após ingerirem um bolo durante uma reunião familiar no dia 23 de dezembro.

A suspeita é de que o arsênio comprado e usado por Deise tenha sido misturado à farinha um mês antes do caso, segundo depoimento de Zeli, principal alvo da suspeita.

A mulher também é suspeita pelo homicídio do sogro, Paulo Luiz dos Anjos, que morreu em setembro de 2024. O corpo dele foi exumado e, na análise, também foi encontrado arsênio. Deise tinha problemas com a sogra e chegou a ameaçar Zeli.

Veja fotos do caso do bolo envenenado

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