O coordenador da Defesa Civil de Palhoça, Luiz Dunke, registou boletim de ocorrência (BO) na manhã desta quarta-feira para que a Polícia Civil investigue o aparecimento de um carregamento de roupas em um mangue no município, localizado a 15 quilômetros de Florianópolis.

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Existe a possibilidade de que as roupas fossem doadas aos atingidos pelas enchentes em Santa Catarina. O material apareceu na manhã de sábado, mas ninguém viu quem jogou as peças no local. Muitas ainda estavam com as etiquetas e algumas delas são importadas. Os sacos contêm informações sobre a quantidade de peças separadas.

O coordenador da Defesa Civil disse que o material não foi separado no município e que não sabe a origem das roupas.

– Vão ficar à disposição da Polícia Civil para que eles iniciem a investigação da procedência desse material. Só depois a Polícia Civil vai decidir o que vai fazer com elas.

Roupas serão distribuídas

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Durante a tarde de terça-feira, algumas pessoas que passavam pelo local recolhiam as peças que podiam. As roupas foram retiradas do local no fim da tarde e encaminhadas para um galpão da prefeitura. O material encheu um caminhão.

Do galpão, elas serão levadas para a central de triagem do município e depois devem ser distribuídas para as cerca de 400 pessoas que ainda estão desalojadas em Palhoça.

– Nós não acreditamos que seja para doação ou que seja para furto ou que seja para roubo. A gente vai começar a levantar isso ainda. Eu não tenho nem por que acreditar que era para doação, e se fosse para doação, por que que estaria naquele local? – questionou o investigador Christian Cardoso.

– Pode ter acontecido que o transportador tenha abandonado esse material – disse o diretor da Defesa Civil do Estado, major Márcio Luiz Alves.

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Muitas roupas estavam com a etiqueta de uma loja de Balneário Camboriú. Atualmente no local funciona uma videolocadora. Um vendedor disse que a família que era dona da loja se mudou para Palhoça.

– Ela me falou que estão morando em Palhoça. E eu sei que a mãe deles tem um comércio em Florianópolis, uma loja – disse o comerciante Vilson do Nascimento.