São José foi uma das cidades catarinenses mais atingidas pelo temporal desta quinta-feira. Logo pela manhã, por volta das 6h50min, uma adolescente de 12 anos morreu após um muro cair sobre a casa onde ela estava dormindo. A Defesa Civil do Estado calcula o atendimento de pelo menos 30 ocorrências de alagamentos e desbarrancamentos desde o começo da manhã na cidade.
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A prefeitura do município monitora a situação em ao menos 11 bairros onde a situação é mais crítica, entre eles Potecas, Jardim Cidade, Fazenda Santo Antônio, Pedregal, Areias, Lisboa, Forquilhinha, Campinas, Morro do Avaí, Procasa e Bela Vista.
Moradores relatam que por volta das 8h desta quinta-feira a água começou a avançar pelas ruas rapidamente e, às 10h, o comércio que fica às margens das ruas já havia sido atingido pelos alagamentos.
Blandina Schappo Camargo mora há mais de 30 anos na rua Godofredo de Oliveira, lateral da Avenida Josué de Bernardi, diz que há muito tempo não acontecia alagamento nesta região.
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— Depois que eles alargaram o Rio Araújo, nunca mais havia enchido — conta.
Principais ruas alagaram durante a manhã
O trânsito também foi prejudicado ao longo da manhã. As principais vias da cidades, como as Avenidas Josué di Bernardi e a Osni João Vieira, ficaram completamente alagadas. Alguns motoristas tentaram passar pelas áreas inundadas, mas um dos carros ficou pelo caminho.
— Meu carro está no começo da rua, onde é mais alto, mas não tem como sair daqui, estamos ilhados. Nem para ir andando é possível sair — contou Roberto, um comerciante que tinha um carro à venda em uma revenda na região.
Alguns comerciantes, que acompanham a situação no local, reclamaram da tentativa de alguns motorista em atravessar as áreas alagadas. Segundo eles, isso estaria provocando pequenas ondas na água parada, que invade as lojas causando mais prejuízos.
Cinco casas interditadas
A Defesa Civil interditou cinco residências nos bairros Colônia Santana, Fazenda Santo Antônio, Santo Saraiva, José Nitro e Morar Bem. As casas correm risco de deslizamentos ou desmoronamentos de muros, barrancos ou quedas de árvores.
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A prefeitura chegou a ativar um abrigo no Centro de Atenção a Terceira Idade (Cati), mas, por enquanto, nenhuma família foi encaminhada para lá. Todos foram para casa de parentes ou amigos.
Segundo a prefeitura, até às 16h desta quinta havia apenas um ponto de alagamento no loteamento Benjamin, no bairro Forquilhinha. Por lá, a água ainda não baixou e cerca de 10 casas estão debaixo d’água.
Veja o que usuários do Waze estão relatando sobre o trânsito