Defesa civil monitora nível dos rios no Oeste e nove famílias são orientadas a deixar casas

A Defesa Civil está monitorando o nível dos rios no Oeste. Uma das situações de maior risco é em Passos Maia, pois já ocorreram alguns alagamentos ontem. O nível do rio Chapecozinho estava com 5,25 metro às 16h e nove famílias foram orientadas a deixar suas casas pelo risco de enchente, segundo o coordenador da Defesa Civil de Xanxerê, Luciano Peri. Outros 400 alunos ficaram sem aula pois as estradas não davam condições de transporte.

Outro rio que preocupa é o rio Uruguai, que chegou próximo de algumas casas no balneário de Ilha Redonda, em Palmitos. Em Mondaí o rio ficou sete metros acima do nível normal e a balsa que faz a travessia até Vicente Dutra, no Rio Grande do Sul, suspendeu os trabalhos desde ontem.

Em São Carlos as escadarias de acesso do Balneário de Pratas até o rio foram parcialmente inundadas.

Em Itapiranga o rio chegou a passar de 7,5 metros início da manhã e foram alertados moradores que tem moradias em áreas de camping. Mas a balsa que faz a ligação com Barra do Guarita continuou funcionando.

A afluência de água na hidrelétrica Foz do Chapecó, que na madrugada de quinta-feira era de 3,3 mil metros cúbicos por segundo, chegou a 10 mil metros cúbicos por segundo das 8h até às 10h da manhã. Mas no início da tarde o volume começou a diminuir, chegando a 9,5 mil metros cúbicos às 14h.

A chuva acalmou na região, já houve algumas aberturas de sol.

Em Abelardo Luz quatro escolas não tiveram aula por falta de transporte escolar. As estradas foram bastante danificadas e há muito barro. Em Xanxerê também há estradas quase intransitáveis. Em Ponte Serrada uma casa foi interditada devido a um deslizamento de terra no bairro Moroso. Sete pessoas foram desalojadas.

Em Entre Rios 165 alunos ficaram sem aula devido ao risco de deslizamento na escola Santa Lúcia.

A sexta-feira foi de reconstrução nos municípios de São Miguel do Oeste, Paraíso e Bandeirante, onde ocorreram destelhamentos na quinta-feira, devido a uma microexplosão, que é um deslocamento intenso de ventos da nuvem em direção ao solo, atingindo uma área restrita. Foram registrados ventos de até 130 quilômetros por hora, que derrubaram dezenas de árvores, 140 ocorrências registradas pelos Bombeiros de São Miguel do Oeste. Em Paraíso um ginásio de esportes foi destruído.