Após uma semana do alerta de colapso em uma mina que pode abrir uma cratera do tamanho do estádio do Maracanã em Maceió, a Defesa Civil mantém o estado de “alerta máximo” para a região. As informações são do g1.
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De acordo com o órgão, a velocidade em que a terra cedia na região da mina da Braskem, no bairro do Mutange, era medida em milímetros por ano, mas agora a medida passou a centímetros por hora, o que aumenta significativamente o risco.
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— Por mais que a gente, nas últimas horas, não tenha registrado sismos, essa velocidade de 0,3 cm/h ainda é muito elevada. Para ter uma ideia, para que a gente entre em normalidade, é necessário [voltar a] milímetros por ano. Já teve momentos em que registramos 5 cm/h, mas ainda é uma velocidade considerável. Por isso, se justifica ainda ficarmos em alerta máximo. A energia que se concentra ali é incalculável e imprevisível — disse o coordenador da Defesa Civil de Maceió, Aberlado Nobre.
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Segundo a Defesa Civil, desde o dia 28 de novembro, o solo já afundou 1,70 metros e continua cedendo em ritmo lento.
— Por isso é necessário manter o alerta, deixar a população informada para que aquela região seja evitada. Os pescadores também não devem entrar na área delimitada de segurança. É preciso que a população nos escute e tenha o máximo de atenção.
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Linha do tempo
O problema das minas em Maceió veio à tona em 2018, quando começaram a aparecer as primeiras rachaduras em casas e ruas. Desde então, 14 mil imóveis foram desocupados em cinco bairros da cidade, afetando 55 mil pessoas.
O bairro Mutange, onde fica a mina em risco de colapso, já havia sido evacuado completamente desde que o problema começou. Bairros vizinhos (Bom Parto, Bebedouro e Pinheiro) também foram evacuados, mas não completamente. Mesmo que algumas famílias continuassem ali, muitos saíram voluntariamente. Um hospital também transferiu todos os pacientes.
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A Braskem informou que continua monitorando a situação da mina e que “continua tomando todas as medidas cabíveis para minimização do impacto de possíveis ocorrências” e segue colaborando com as autoridades competentes.
*Sob supervisão de Raquel Vieira
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