Técnicos da Defesa Civil farão nesta segunda-feira uma nova análise dos estragos provocados pela ressaca nas praias da Armação e Barra da Lagoa, em Florianópolis.

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Segundo o agente da Defesa Civil da Capital, Ronay Santos, a atualização do relatório será feita durante a manhã e começo da tarde para saber que medidas devem ser tomadas para evitar mais destruição nas praias. O documento deve ser entregue ainda nesta segunda-feira ao prefeito Dário Berger.

De acordo com o último levantamento, feito na sexta-feira, a situação é mais grave na Praia da Armação, onde 31 casas estão ameaçadas e 80 pessoas foram atingidas, a maioria famílias que moram na região. Foram cinco casas destruídas e cinco parcialmente danificadas. Outras 21 estão ameaçadas.

Na Barra da Lagoa, nove construções foram afetadas pela ressaca. Quatro estão ameaçadas e cinco foram parcialmente destruídas, a maioria comércios à beira-mar. São 46 pessoas atingidas, entre famílias, proprietários dos estabelecimentos e funcionários, segundo Santos.

Os moradores da Barra da Lagoa querem que a prefeitura da Capital decrete situação de emergência. Para conter o avanço do mar, alguns moradores tentam proteger as residências com pedras e postes de madeiras.

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Na quinta-feira, a Secretaria de Obras de Florianópolis começou obras de contenção do avanço do mar na praia da Armação, e caminhões fazem o transporte de pedras para a orla.

Segundo o secretário de Obras, José Nilton Alexandre, os trabalhos são feitos com recursos do governo federal, que anunciou o repasse de R$ 10 milhões para as obras na última semana.

De acordo com o secretário, a estimativa é que o enrocamento de contenção tenha um total de cerca de 70 mil metros cúbicos e 1.750 metros de extensão. As obras são feitas próximo ao centrinho da Armação, em frente à igreja, e em direção ao Morro das Pedras.

Cerca de 58 caminhões fazem diariamente o transporte das pedras, e 70 funcionários da empresa Sulcatarinense, contratada pela prefeitura, trabalham no local. A previsão é que as obras fiquem prontas em 90 dias.

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Segundo o secretário, ainda não há previsão de início de obras na Barra da Lagoa.