A Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil de Taió emitiu na tarde desta sexta-feira um novo alerta de inundação para as próximas horas na cidade. A orientação é de que a população que reside nas áreas mais baixas, atingidas pela cota de 9m, retire os pertences e deixe as residências.

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De acordo com o Prefeito Hugo Lembeck, a decisão de aumentar o alerta de enchente para nove metros aconteceu devido à previsão de chuva ainda para as próximas horas. A equipe da Defesa Civil pede que a população confie apenas nas informações divulgadas oficialmente pelo órgão e siga as orientações repassadas.

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– Como a previsão que temos é de 80mm ainda para esta sexta-feira, decidimos aumentar o alerta para nove metros. Pedimos que a população retire seus pertences ainda durante o dia para evitarmos o trabalho durante a noite, quando a realização de qualquer atividade fica mais complicada – ressalta o chefe do Executivo.

A comunidade que necessitar de caminhões para a retirada de mudanças deve entrar em contato com a Defesa Civil, através do telefone (47) 3562-2402. O abrigo provisório do Salão da Igreja Matriz foi ativado e poderá receber mudanças, se necessário.

Moradores das regiões mais baixas começam a esvaziar suas residências

A dona de casa Irani Rocha, 52 anos, passou parte da tarde removendo seus pertences da casa onde mora, localizada nas proximidades do rio Itajaí do Oeste, no bairro Induma em Taió. Ela conta que mora há cerca de um ano na região e já precisou retirar os pertences quatro vezes por causa da chuva. A Defesa Civil estima que cerca de 40 famílias estejam na mesma situação de Irani. Os bairros mais atingidos na cidade são Universitário, Victor Konder, Padre Eduardo, Praia Vermelha e uma parte pequena do Centro.

O abrigo provisório foi ativado, mas até agora não recebeu nenhuma família. A Defesa Civil informou que auxilia na remoção dos móveis, mas todas as pessoas preferiram ir para casas de amigos ou parentes. Por enquanto, os serviços na cidade estão normalizados. Apenas o campus da universidade Unidavi cancelou as aulas.

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– A água já está na porta da minha casa. Quando o rio está no nível normal, fica cerca de 50 metros abaixo – explicou a dona de casa.

Apesar do desconforto de ter que remover sua mobília, Irani não pretende deixar a região. Seu projeto para o futuro é construir uma parte mais alta da residência. A mulher que mora na casa com o marido e um filho conta que as paredes nem secaram da última enchente – há cerca de duas semanas – e novamente precisa esvaziar sua residência.