A Defesa Civil de Joinville realizou vistorias e interditou parcialmente áreas de deslizamentos nos bairros Centro, Vila Nova, Jardim Sofia, Morro do Meio e no Loteamento Jativoca nesta segunda-feira.
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Os locais foram atingidos pela chuva constante que durou mais de 80 horas nos últimos e afetou 3,2 mil pessoas na cidade, causando pelo menos 24 deslizamentos, seis quedas de muros e duas quedas de árvores, segundo relatório da Defesa Civil.
Como prevenção, a rua Minas Gerais continua interditada no trecho sobre a ponte do rio Águas Vermelhas, no bairro Morro do Meio, na zona Oeste. A orientação do Instituto de Trânsito e Transportes (Ittran) é para que os moradores utilizem o desvio pela estrada Barbante e pelo binário do Vila Nova para chegarem ao Centro.
O trânsito também foi interditado na rua Jativoca, próximo à escola Júlio Machado da Luz. Os trechos devem ser liberados dentro de dois dias.
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A segunda-feira também foi de muita limpeza e cálculo dos prejuízos para moradores atingidos pelos alagamentos. No Morro do Meio, a zeladora Sandra Regina da Cunha, 41 anos, tirou a manhã para colocar a casa em ordem, mesmo com a água ainda tomando conta de todo o quintal e a garagem.
Na madrugada de sábado para domingo, ela e os outros seis familiares acordaram assustados com a água que começava a entrar na casa. Rapidamente, eles se uniram para levantar todos os móveis e evitar prejuízos.
A água invadiu a casa e a família teve que ficar durante a noite em dois cômodos. O filho de nove anos da zeladora, assustado com a inundação, foi levado por amigos para dormir fora de casa. Sandra mora há apenas um ano na rua João Leuschner, desde quando chegou do Mato Grosso.
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No alagamento do último fim de semana, ela perdeu apenas um armário, mas foi o suficiente para ficar apreensiva com a possibilidade de haver novas inundações.
-Minha vontade agora é de sair daqui-, confessa.
Limpeza do rio Águas Vermelhas é uma das obras para reduzir inundações
A inundação na região ocorreu por causa do rio Águas Vermelhas, que chegou a ficar quatro metros acima do nível normal. A dragagem do rio é uma cobrança dos moradores, que acreditam na redução das inundações caso a limpeza seja realizada.
Segundo o secretário Osmar Vicente, da subprefeitura Sudoeste, há duas máquinas trabalhando na limpeza do rio há pelo menos 20 dias. Uma na região do Jativoca, próximo ao trilho do trem, e outra próxima à ponte da rua Minas Gerais.
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-O impacto será bem menor, uma vez que o rio tinha menos de meio metro de profundidade quando a limpeza começou e agora já está com três metros. Além disso, foi feita uma borda para que o rio tenha mais vasão-, explica.
De acordo com o secretário, a dragagem será realizada na extensão do rio entre os bairros Morro do Meio e Vila Nova, passando pelo Jativoca.
Além disso, a subprefeitura Sudoeste pretende realizar um mutirão em parceria com a Secretaria de Infraestrutura Urbana (Seinfra) para limpar as valas das ruas que dão acesso ao rio Águas Vermelhas. A limpeza está prevista para começar na próxima semana.
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