A Defesa Civil de Joinville divulgou a tabela de marés para 2016 com o objetivo de deixar a população atenta à previsão de picos de marés que, combinados com chuva, podem provocar inundações em vários pontos da cidade. As informações estão disponíveis somente no site da Prefeitura de Joinville.

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O material informa os horários das marés astronômicas, com destaque para aquelas consideradas de risco a partir de 1,5 metro. São três os principais níveis que podem ser acompanhados: 1,5m a 1,6m para “observação”, indicado na cor amarela; 1,7m a 1,8m para “atenção”, indicado na cor laranja; e 1,9m para “alerta”, identificado com a cor vermelha como o índice máximo, em que ocorrem alagamentos.

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Segundo o coordenador de prevenção da Defesa Civil de Joinville, Maiko Richter, a tábua das marés é um referencial preventivo.

– As tabelas mostram os picos mais significativos. A ideia é que a comunidade que sofre com enchentes e alagamentos possa se programar e tomar medidas preventivas – explica.

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Para 2016, de acordo com o estudo, os índices máximos, com marés de 1,9 metro, ocorrerão nos meses de fevereiro (dias 8 e 9), março (dias 7, 8 e 9) e agosto (dias 18 e 19). Ainda assim, a Defesa Civil recomenda atenção aos outros níveis, que podem sofrer alterações de acordo com a variação climática. Uma maré de 1,5 metro combinada com chuva forte pode provocar inundações.

Segundo destaca o gerente da Unidade de Proteção Civil, Márnio Luiz Pereira, não há como evitar a combinação de chuva forte e maré cheia.

– O certo é que podemos nos preparar para os efeitos das enchentes e assim minimizar seus danos.

A tabela, calculada e fornecida pela Marinha do Brasil, é a chamada maré astronômica

– principal componente da maré real, mas não é a única. Existem também as marés meteorológicas e marés de tempestade resultantes de variação de pressão e vento provenientes dos sistemas meteorológicos atuantes sobre as águas na costa e região, não calculáveis sem estudos contínuos que envolvem monitoramento e modelagem.

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Combinados, esses fenômenos interferem ora positiva, ora negativamente na amplitude e nos horários das marés de forma significativa no litoral norte catarinense. Em circunstâncias especiais este cenário pode gerar elevações da ordem de 1 metro sobre a maré calculada, dependendo do local considerado.

Para o ano 2016 foi considerado um atraso de 5 minutos nos horários previstos para Joinville em relação a SFS. A Defesa Civil destaca que as observações mostram que não há valores exatos, mas este trabalho disponibilizado anualmente pela Marinha do Brasil é um importante e útil referencial para a realidade.

Desde o período da colonização, em meados do século 19, Joinville sofre com a influência das marés. Isso porque sua localização, o clima e a topografia da região são decisivos e fazem dela uma cidade sujeita a enchentes.