A Secretaria de Estado da Defesa Civil realizou nesta terça-feira (30), em Florianópolis, a primeira reunião para discutir a elaboração de um plano de contingência para as pontes Colombo Salles e Pedro Ivo Campos. O encontro reuniu integrantes tanto da pasta, quanto da prefeitura e de órgãos como a Polícia Militar e empresas públicas.
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De acordo com o secretário de Defesa Civil, João Batista Cordeiro, a ideia do plano é deixar preparada uma série de medidas que podem ser tomadas em casos de emergência, desde situações mais simples, como um bloqueio de tráfego, até uma eventual queda da estrutura. Entre elas está a criação de alternativas tanto para o trânsito, quanto para a manutenção dos serviços públicos que dependem das pontes.
Atualmente, as duas estruturas são as únicas ligações em funcionamento entre a Ilha de Santa Catarina e o Continente. Além do trânsito, elas também possuem tubulações de água, gás e cabeamentos de energia elétrica e telefonia, que abastecem toda a parte insular da Capital. Em caso um caso extremo de colapso, por exemplo, os moradores da Ilha podem ficar sem todos esses serviços.
— A gente viu que a cidade tem um plano de contingência, mas é para o município como um todo. E essas estruturas são muito importantes para o município, não só para a locomoção, mas porque por ali passa uma série de infraestruturas — explica.
O secretário espera que o plano fique pronto até setembro deste ano. O objetivo é que ele já contemple alternativas para o provável fechamento das duas pontes, que atualmente estão passando por obras e devem ter o tráfego interrompido, pelo prazo de uma semana, cada.
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O diretor da Defesa Civil de Florianópolis, Luiz Eduardo Machado, também participou do encontro. Ele diz que o plano deve contemplar situações com base no histórico de problemas pelos quais as duas pontes já passaram.
Em 2003, por exemplo, a Ponte Colombo Salles precisou ficar fechada, depois que houve um acidente durante uma manutenção na rede elétrica. Além de deixar a cidade sem energia, o trânsito foi desviado por várias semanas, causando transtornos aos moradores.
Já no caso mais recente, uma placa da junta de dilatação da Ponte Pedro Ivo Campos se soltou e causou um bloqueio no trânsito até ser consertada.
— O planejamento é com base histórica. Como na história de Florianópolis nunca houve um planejamento com esse ponto de vista, nós como Defesa Civil municipal, junto com a Defesa Civil estadual, estamos trabalhando justamente para pensar — diz Machado.
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Hercílio Luz pode ser usada para o trânsito no futuro
Nesta primeira reunião, o foco foi definir equipes que vão trabalhar em soluções para cada um dos cenários que podem ser vistos. Entretanto, os dois chefes da Defesa Civil, estadual e municipal, já falam sobre a possibilidade de a Ponte Hercílio Luz ser incluída no plano de contingência para as estruturas mais usadas.
As obras de restauração da Hercílio Luz, inaugurada na década de 1920, estão em fase final. A expectativa é de que a entrega seja feita até o dia 30 de dezembro deste ano. Ainda não há uma definição sobre o uso que a ponte vai ter no dia a dia, mas é possível que ela receba pelo menos parte do tráfego das outras duas pontes, quando elas precisarem ser fechadas para as respectivas reformas.
— A Ponte Hercílio Luz não vai entrar inicialmente agora como um recurso, vai ficar para um segundo momento, desde que fique pronta. Ficando pronta, nós vamos incorporar como um recurso para o plano de contingência.
Cordeiro afirma que a Hercílio Luz poderá suportar sem problemas o tráfego que possa ser desviado por ela. Segundo o secretário, a estrutura foi reforçada e pode receber cargas intensas, maiores até do que o previso na BR-101, por exemplo.
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