A defesa do traficante de drogas mexicano Joaquín “El Chapo” Guzmán apresentou nesta terça-feira dois recursos à justiça federal contra sua extradição aos Estados Unidos por considerar que os pedidos não cumprem o acordo sobre o tema entre os dois países.
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“Apresentamos recursos para revisão perante o tribunal (…) e que este o envie já ao tribunal colegiado” (instância superior), disse à imprensa o advogado Andrés Granados, após apresentar os recursos.
Em maio passado, a chancelaria mexicana avalizou a extradição de Guzmán, que é demandado por uma corte do Texas e outra da Califórnia por crimes que incluem homicídio de narcotráfico.
Mas, “não se aplica que se extradite o senhor Guzmán pela situação de que não cumpre com os requisitos” para fazê-lo, acrescentou o advogado.
A defesa fundamenta seus recursos no fato de que o pedido de extradição no caso do Texas não foi acompanhado pelos devidos documentos, enquanto o da Califórnia foi apresentado por uma funcionária que não estava habilitada para tal.
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“Ela (representante) não podia ter assinado o pedido de extradição”, acrescentou Granados, ao ressaltar que tampouco foram cumpridas as garantias exigidas pelo tratado de que Guzmán não será punido com a pena de morte, vigente no Texas, mas abolida no México.
Outro argumento da defesa é que, no caso da corte californiana, solicitou-se a extradição com base em um artigo que foi reformado e que, conforme a nova redação, o crime já teria prescrito.
Antes de apresentar os recursos, José Refugio Rodríguez, outro advogado do narcotraficante, disse à AFP que tem instruções de Guzmán para chegar até a última instância, que seria a Suprema Corte, para impedir que seja entregue aos Estados Unidos.
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