Defesa alega que réu estava abalado emocionalmente e que isto serve de atenuante

O advogado de Maureci José da Silva Junior, 39 anos, réu confesso do assassinato de sua mulher, Patrícia Adad Silva, 33 anos, aceitou a defesa nesta terça-feira, dois dias antes do julgamento.

Maureci foi a juri popular no Fórum da Capital. O julgamento começou às 13h10min. A defesa terminou suas considerações perto das 20h.

De acordo com a advogada da família e assistente de acusação, Ana Paula Travisani, a expectativa é pela condenação máxima com todas as qualificadoras que são motivo fútil e dissimulação. A advogada preferiu não comentar sobre as agravantes antes do fim da sessão.

O advogado do réu Maureci, José Nilo Montes Martins, durante sua defesa argumentou que o cliente praticou o crime de forma consciente, mas impensada.

– Ele não queria matar. Deu a facada sem vontade matar. O dolo (mal) existe, mas a consciência do dolo (mal) foi prejudicada. Por isso a pena deve ser reduzida – observou Martins.

Ele considerou também que o réu estava sob violenta emoção quando desferiu as seis facadas contra a mulher na frente do filho, então com 11 anos.

– Ele estava com a consciência abalada. Isto não afasta sua responsabilidade, mas atenua – disse o advogado.

A estimativa é que a sentença saísse em até três horas, ou seja, até 23h desta terça-feira podendo ser proferida antes.