Em apenas três dias de funcionamento o núcleo da Defensoria Pública de Chapecó já realizou 72 atendimentos. Foram 16 no primeiro dia, 30 no segundo e 26 no terceiro. Prova de que a demanda por esse serviço existia, pois mesmo ainda não sendo muito conhecida e com pouca divulgação, já vem atraindo a população

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Podem buscar informações pessoas com renda familiar de até três salários mínimos, que necessitam defender seus direitos. De acordo com a defensora pública Michele Lamaison, o serviço não é apenas judicial, mas também de conciliação e mediação. Não defendemos crimes, defendemos direitos- explicou.

Ela disse que ainda é cedo para avaliar qual o tipo mais comum de demanda e ressaltou que inicialmente podem ser tratados casos como de família, violência doméstica, órfãos e sucessões e execuções penais.

Chapecó foi a primeira cidade do interior a contar com a Defensoria Pública. Além de Michele, mais dois defensores, George Sodré e Renan Soares de Souza já estão trabalhando. Outros dois defensores devem ser nomeados nos próximos dias.

Dos 157 aprovados no estado apenas 45 já estão atuando, segundo Michele.Na próxima semana também deve chegar a primeira funcionária. Por enquanto funcionários do Instituto de Previdência do Estado de Santa Catarina (Iprev), que trabalham numa sala ao lado, auxiliam na recepção dos interessados, entregando as fichas por ordem de chegada. Ainda não há telefone.

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O atendimento é realizado provisoriamente das 13 às 16 horas, no prédio do antigo Fórum e Casa da Cidadania, na Rua Nereu Ramos, ao lado da Secretaria de Desenvolvimento Regional. A Defensoria tem duas salas que ainda estão sendo adaptadas

A população está gostando do trabalho dos defensores. A diarista Marinês de Barros, de 39 anos, disse que o atendimento é bom e rápido. Ela foi atendida em 20 minutos. Como eles nos orientam sem cobrar nada não ficam nos iludindo- afirmou. Ela busca a reversão de guarda do filho, que está com o ex-marido

Rosâgela Padilha, 24 anos, que está desempregada, está sofrendo um processo e disse que não teria dinheiro para contratar um advogado para defendê-la. Graças a Deus que temos agora esse atendimento- avaliou.

Ela disse que a localização também é boa, pois fica a uma quadra do Terminal Rodoviário de Transporte Coletivo. Para pessoas como Rosângela e Marinês, a justiça está mais próxima e elas se sentem mais cidadãs.

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