A Defensoria Pública do Rio Grande do Sul encaminhou ao Comando-geral da Brigada Militar, na manhã desta quarta-feira, uma representação noticiando abuso de autoridade por integrantes da corporação durante o protesto da quinta-feira passada, em Porto Alegre. Conforme a instituição, um defensor público teria sido impedido de prestar atendimento a detidos. Uma representação idêntica foi entregue ao subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Marcelo Lemos Dornelles.
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Nos últimos dois atos ocorridos na Capital, a Defensoria fez o acompanhamento para “preservar o direito constitucional”. As equipes que atuaram no local definiram a manifestação como “pacífica e ordeira”.
– Somente no fim da caminhada houve confronto com a BM. Estamos analisando a possibilidade de uma precipitação dos policiais militares na contenção da população – explica o defensor público-geral, Nilton Arnecke Maria.
Em entrevista coletiva, na terça-feira, o comandante-geral da Brigada Militar, coronel Fábio Duarte Fernandes, afirmou que a polícia só começou a agir com balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo depois que houve possibilidade real de os manifestantes se ferirem:
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– As medidas tomadas foram feitas no momento em que os vândalos se tornaram agentes de risco para a integridade física dos manifestantes.
Para a manifestação marcada para esta quinta-feira, a Defensoria estuda a forma como agirá – se fará a caminhada ao lado dos ativistas ou se ficará concentrada no acompanhamento dos detidos e dos flagrantes.