Defensor do advogado tributarista Luís Adriano Vargas Buchor, preso preventivamente, o advogado Antônio Dionísio Lopes questionou nesta sexta-feira as acusações feitas pelo Ministério Público. Buchor é suspeito de organizar um esquema de sonegação de ICMS que lesaria o Estado em R$ 150 milhões.

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Lopes afirma que o tributarista presta assessoria técnica há mais de 20 anos, com base no Código Tributário Nacional e a Constituição Federal.

– O trabalho dele, como de outros consultores, é de orientar empresas a pagar menos imposto, sempre dentro das regras legais – garante.

Conforme Lopes, todos os lançamentos contábeis estão registrados ao alcance dos fiscais da Receita Estadual, o que demonstraria que Buchor não atuava de forma a fraudar documentos. Para o advogado, se algo de errado ocorreu, não teve a participação de Buchor.

– Se havia outras coisas na contabilidade nas empresas, eu não posso responder- acrescentou Lopes.

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Buchor foi recolhido ao Presídio Central de Porto Alegre. Na sexta, deveria ser transferido para uma cela especial – por ter formação superior. O destino seria um alojamento no 4º Regimento de Policia Montada da Brigada Militar, na Capital. Até o final da tarde a remoção não tinha acontecido porque não existiria vaga.

Buchor era investigado desde meados de 2012 pela Promotoria de Combate aos Crimes Tributários em parceria com o Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e com agentes da Receita Estadual. Cerca de 30 empresas instaladas na Capital, em Canoas e na Serra, de diversos setores, teriam se beneficiado do suposto esquema. Até agora, foram identificados débitos de sete empresas, que somariam R$ 39 milhões.

Buchor teve bens apreendidos pela operação, como carros de luxo e uma lancha avaliada em R$ 5 milhões.