A deputada estadual eleita Ana Caroline Campagnolo (PSL) disse que agiu de acordo com as promessas de campanha ao criar um canal informal de denúncia para alunos enviarem vídeos de professores com manifestações “político-partidárias ou ideológicas”. O movimento da futura parlamentar é alvo de uma ação civil do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), que pede o bloqueio do telefone para denúncias.
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Em entrevista ao programa Direto da Redação desta terça-feira (30) Ana Caroline disse não estar surpresa com o procedimento do MPSC iniciado na última segunda-feira (29), nem com a repercussão nacional do assunto.
— Era esperado. Faz cinco anos que eu defendo a causa da escola sem partido, nós já sabíamos que estaríamos enfrentando grande parte de uma categoria que foge de qualquer tipo de fiscalização. O Estado e seus agentes devem ser impessoais, neutros ao máximo possível, e os professores isentos na posição das matérias, principalmente nas matérias ideológicas. Não é escola sem política. Política se discute quando os dois lados tem voz. O professor que comete ilicitude é aquele que faz proselitismo e propaganda partidária política de um lado apenas — defendeu Ana Caroline.
A deputada eleita disse não temer a investigação.
— O resultado não terá nenhuma relevância. Até porque nós não cometemos nenhuma ilicitude, além de sugerir aos alunos que gravem quando sentirem seus direitos violados. Ninguém mencionou o uso de celular dentro de sala de aula. Pode-se usar um gravador — justificou a deputada ao ser questionada sobre a influência do uso dos celulares.
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MP abre procedimento para avaliar conduta de deputada estadual eleita pelo PSL?
Ouça na íntegra a entrevista com a deputada estadual eleita, Ana Caroline Campagnolo (PSL):