As próximas restrições contra o coronavírus em Santa Catarina serão debatidas pelo governo do Estado nesta sexta-feira (9). Uma reunião extraordinária do Centro de Operações de Emergência em Saúde (COES) foi convocada para as 9h, com o objetivo de analisar os decretos em vigor, que são válidos até as 6h de segunda-feira (12).

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Respeitando uma decisão judicial, o governo de Santa Catarina precisa levar ao COES todos os debates sobre os decretos da pandemia. Formado por representantes de órgãos técnicos e entidades da área da saúde, o grupo estratégico tem reuniões semanais às terças, mas recebeu a convocação extraordinária para esta sexta, conforme apuração do Diário Catarinense.

Na prática, o governo precisa decidir se prorroga as medidas em vigor por mais uma semana ou faz alterações nas restrições. No último domingo (4), a governadora em exercício Daniela Reinehr prorrogou as medidas que já existiam no Estado, alterando apenas o horário de proibição do consumo de bebidas alcoólicas em bares e restaurantes.

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Para os integrantes do COES, será a primeira reunião efetiva com a possibilidade de debate das restrições com a nova secretária de Saúde, Carmen Zanotto. Ela chegou a participar das últimas duas reuniões do grupo, mas de forma rápida e ainda nos primeiros dias no comando da pasta.

Entre parte dos membros do COES, há uma tendência de cobrança para medidas mais rígidas contra a pandemia. Em reunião nesta quarta (7), por exemplo, o Conselho Estadual de Saúde decidiu levar novamente ao Estado a cobrança por ações duras de isolamento social, inclusive com os exemplos de cidades como Lages e Chapecó, que reduziram o número de casos ativos com o fechamento de alguns serviços.

A posição do Conselho Estadual de Saúde, que integra o COES, segue ainda as recomendações feitas no mês passado pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), em carta que cobrou ações como o fechamento de praias, escolas e toque de recolher nas regiões com ocupação de UTIs acima de 85%. Há mais de um mês Santa Catarina convive com a taxa perto de 100%, com fila de espera por leitos para pacientes com Covid-19.

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