A pandemia do novo coronavírus obrigou muita gente a passar mais tempo dentro da própria casa. Por causa disso, o interesse por pequenas reformas e mudanças na decoração tem crescido, com o objetivo de deixar o lar mais confortável e aconchegante. Se você faz parte desse grupo, a decoração escandinava pode ser uma opção.

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Ela surgiu no norte da Europa, mais especificamente na região da Escandinávia, e teve seu auge na década de 1950. Por isso, traz as características dessa região. “Ela é inspirada em elementos nórdicos e paisagens locais. Muitos elementos que pertencem a esse estilo estão ligados ao frio rigoroso e a iluminação mais escura do inverno”, explica a designer de interiores Larissa Santo.

Principais características

O estilo escandinavo traz em sua origem a ideia do conforto, aconchego e minimalismo. Segundo a designer de interiores, ele é marcado por cores claras, com o intuito de dar mais claridade ao ambiente, já que os dias de inverno são curtos e escuros. Elementos funcionais como tapetes mais quentinhos e mantas ajudam a compor o espaço.

Simplicidade e sofisticação

Ao mesmo tempo que a decoração escandinava possui características que valorizam o conforto e o minimalismo, herdados do estilo de vida norte europeu, em que a população passava muito tempo em casa e buscava a simplicidade para ajudar no dia a dia, também pode ter uma certa sofisticação. “Ao juntar elementos como cores cinza e branco, a madeira clara, linhas mais retas nos móveis, faz com que o ambiente se torne mais clean e, por muitos, visto como mais sofisticado”, explica a designer de interiores Larissa Santo.

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> Descubra como encontrar o seu estilo de decoração

Estilo valoriza o conforto e o minimalismo
Estilo valoriza o conforto e o minimalismo (Foto: Shutterstock)

Subjetividade

A arquiteta e urbanista Juliana Cararo acredita que a sofisticação depende de quem olha e percebe os espaços e objetos. “Para alguns, a própria simplicidade é sofisticação, mas para outros, a sofisticação faz referência ao luxuoso, aos estilos mais clássicos como o Barroco e Rococó”, explica.

No entanto, ela ressalta a qualidade e o design dos produtos escandinavos. “Com o uso de algumas cores vibrantes mescladas à madeira clara e a tecnologia aplicada em materiais e fabricação. E isso também pode ser visto como sofisticação”, analisa a professora de Arquitetura e Urbanismo da PUCPR.

Veja como aplicar em sua casa

Segundo a designer de interiores Larissa Santo, esse tipo de decoração é bem fácil de ser aplicado, mas é recomendado usá-lo em ambientes com paredes claras. “Os móveis em sua maioria devem ter linhas retas e serem atemporais, não muito datados. Por exemplo, móveis que são considerados retrô, como pés palitos, devem ser evitados”, aconselha.

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Necessidade e desejos

A arquiteta e urbanista Juliana Cararo sugere sempre levar em conta as necessidade e desejos de quem vai usufruir o espaço, independente do estilo, mas reconhece que a simplicidade e o aconchego da decoração escandinava costumam agradar.

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“E ainda a facilidade de remodelar um espaço com seus próprios objetos. A característica fundamental deste estilo é conceber luz ao espaço, seja ela natural, artificial, o que torna o uso de cores claras essencial. Mas concede personalidade e, ao espaço, será fruto do mobiliário e dos objetos que representam as pessoas, e se estes forem mais naturais, ficará perfeito”, explica.

Cores claras predominam no estilo
Cores claras predominam no estilo (Foto: Shutterstock)

Elementos que dão um toque especial

Larissa Santo sugere o uso de móveis em madeiras claras e com pés mais retos, como um aparador amadeirado ou branco, por exemplo. “Hoje encontramos móveis lindos prontos que misturam a madeira com o branco. Sempre digo que menos é mais, nesse estilo não é diferente. Escolha menos objetos para compor o ambiente, escolha itens que sejam naturais, como cerâmica, couro e crochê”, recomenda a designer de interiores.

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A arquiteta e urbanista Juliana Cararo ressalta a importância de usar objetos que representem o cotidiano das pessoas. “Elementos como a madeira, couro e peles, que tragam o externo para o interno, tecidos naturais em almofadas, tapete para dar aconchego e um pouco de vegetação. Contudo, a simplicidade e praticidade imperam nesses ambientes”, explica a arquiteta.

*Por Matilde Freitas

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