Viver 53 anos sem identidade, sem família e sem esperança. Essa é a história verídica de András Toma, o soldado que o mundo esqueceu.
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Seu resgate só foi possível quando um especialista em línguas fez a conexão que ninguém havia feito em meio século. Em um ambiente de incompreensão, sua verdadeira história estava escondida atrás de uma barreira linguística.
Um prisioneiro de guerra que nunca voltou
A história começa com um jovem soldado húngaro de 19 anos. Capturado na Polônia durante a Segunda Guerra Mundial, András Toma foi enviado para a União Soviética.
O final da guerra em 1945 não significou sua liberdade. Seu paradeiro tornou-se um completo mistério para suas autoridades. Para sua família, ele era mais uma vítima sem túmulo da guerra. Ninguém podia imaginar onde ele realmente estava.
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O hospital que se tornou sua cela
Uma doença o levou para um hospital militar e depois para um psiquiátrico. Na cidade russa de Kotelnich, ele estava completamente perdido. Sem documentos e incapaz de se comunicar em russo, estava preso, considerado louco.
Os funcionários não investigaram a fundo sua origem peculiar. Assim, ele foi catalogado e subsequentemente esquecido pelo sistema. Foi declarado morto em papel em 1954, mas sua luta pela vida continuava diariamente.
A barreira da língua que perpetuou o drama
Sua única ligação com o passado era seu dialeto húngaro. Dentro do hospício, porém, isso soava como uma linguagem inventada.
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Essa barreira condenou-o a décadas de solidão absoluta. Ele já havia desistido de qualquer esperança de ser resgatado. Sua realidade era um confinamento perpétuo longe de tudo que conhecia.
O milagre linguístico que o salvou
A redenção chegou pelas mãos de um especialista. Em 2000, o linguista Karol Moravčík visitou o local e ouviu András. Imediatamente, ele reconheceu a língua húngara sendo falada.
Esse foi o momento que quebrou 53 anos de isolamento. A confirmação através de DNA levou ao reencontro com seus irmãos. O soldado perdido finalmente voltou para casa.
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A justiça tardia e um novo começo
Na Hungria, ele recebeu todas as honras de um herói nacional. Medalhas e compensação financeira foram fornecidas pelo governo.
Ele pôde desfrutar de seus últimos anos em Nyiregyhaza, com sua irmã. Sua história comoveu o mundo e virou um símbolo. É um lembrete de que a identidade é um direito humano fundamental.
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