A derrota do PT na eleição de primeiro turno dos três maiores colégios eleitorais de Santa Catarina foi só o primeiro sinal das dificuldades que o partido encontra no Estado para afinar o discurso entre seus filiados.

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Depois da orientação dada na noite de segunda-feira pela Executiva Estadual da legenda sugerindo que os petistas de Florianópolis e Joinville apoiassem os candidatos peemedebistas neste segundo turno – ideia que foi logo descartada pelo diretório joinvilense ao anunciar apoio a Kennedy Nunes (PSD) -, a grande expectativa do partido é para a reunião da noite desta quarta-feira na Capital.

O presidente do diretório municipal de Florianópolis, Nildomar Freire (PT), o Nildão, afirma que a indicação da Executiva Estadual não deve interferir no resultado da discussão de hoje, quando será definido se os petistas apoiam Cesar Souza Junior (PSD), Gean Loureiro (PMDB), ou se seguirão a neutralidade, como defendem algumas alas.

– O diretório é quem vai votar e decidir o que será feito. A Executiva Estadual tomou a posição de orientar, e existem concepções distintas sobre o nosso caminho neste segundo turno. E isso é parte da democracia, que nos permite debater com maturidade o que fazer -, afirma Nildão, vice de Angela Albino (PC do B) na disputa pela prefeitura.

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Nos bastidores, membros da Executiva Estadual defendem informalmente a neutralidade, alegando que este seria um posicionamento mais coerente com o cenário e o histórico dos candidatos que continuam na disputa.

Na contramão, o presidente estadual do PT, José Fritsch ressalta que a decisão dos diretórios não impede que seus filiados atendam à orientação de votar no PMDB no segundo turno.

– Mesmo que o PT de Joinville tenha decido apoiar o candidato do PSD, ou independente da posição que o PT de Florianópolis tomar amanhã (hoje), vamos continuar orientando nossos filiados a votar nos candidatos do PMDB, e isso envolve votar no Udo Döhler (PMDB) para prefeito em Joinville e no Gean Loureiro (PMDB) em Florianópolis. Não há nenhum litígio nisso. Nós já deixamos claro que a postura de neutralidade é condenada dentro do PT -, argumenta.

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Fábio Gadotti, Rafael Martini e Upiara Boschi

falam sobre o cenário político no segundo turno: