No início de maio, o Comitê de Política Monetária (Copom), órgão do Banco Central brasileiro, elevou a taxa básica de juros da economia brasileira em um ponto percentual, levando a Selic a 12,75% ao ano. A decisão foi unânime.

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A próxima reunião será realizada em junho e o Copom indicou que fará um aumento menor, mas não descarta realizar um ajuste maior se for preciso. Com isso, o Copom continua o ciclo de aperto monetário que iniciou em março de 2021, quando a taxa básica de juros passou da mínima histórica, de 2%, para 2,75%.

A medida busca o controle inflacionário, mas alterações nas taxas de juros também afetam os rendimentos dos investimentos. Essa elevação representa o décimo ajuste consecutivo no indicador usado como referência na renda fixa.

O que é o Copom?

O Comitê tem origem em 1996 e hoje é formado pelo Presidente do Banco Central e diretores, que definem, a cada 45 dias, a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic. As reuniões do Copom geralmente ocorrem em dois dias seguidos, em terças e quartas – sendo que no último dia o Comitê divulga sua decisão de política monetária. A ata da reunião é divulgada na terça-feira da semana posterior. Ao todo, são oito reuniões ao ano.

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Desde 1999, quando foi criado o Regime de Metas de Inflação, o Copom tem como objetivo estabelecer as diretrizes da política monetária, tendo em vista a meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional, criado junto com o Banco Central em 1964. O CMN é formado pelo Ministro da Economia (presidente do Conselho); o Presidente do Banco Central e pelo Secretário Especial de Fazenda do Ministério da Economia.

Quando a inflação sobe, a tendência é que o Copom eleve também os juros, pois é considerada uma medida contracionista ou restritiva pelos economistas. O aumento de juros é a estratégia utilizada para frear o consumo, tornando o crédito mais caro. Com mais dificuldade para consumir, a alta sistemática nos preços tende a ser mitigada.

No Banco Central Brasileiro, sob o Regime de Metas de Inflação, o controle inflacionário é o objetivo principal da atuação da autoridade monetária. Diferente ocorre nos Estados Unidos, onde o Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos EUA, possui duplo mandato – fica de olho na inflação, mas também possui meta de emprego. O Copom decide sobre a taxa de juros ao avaliar o cenário macroeconômico e balanço dos riscos associados: neste momento a guerra na Ucrânia, lockdown na China, entre outros.

Assim, o Banco Central realiza a política monetária de acordo com a meta de inflação. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) anual chegou a 11,30% em março, mas a meta do IPCA definida para este ano é de 3,5%, com uma margem de 1,5 ponto percentual.

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A taxa de juros Selic é a referência para todos os outros juros da economia brasileira. De acordo com o BCB, representa a taxa média cobrada em negociações com títulos emitidos pelo Tesouro Nacional, registradas diariamente no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic). A partir de qual será a taxa Selic, o Banco Central atua diariamente por meio de operações de mercado aberto, ou seja, na compra e venda de títulos públicos federais.

Como a decisão do Copom sobre a Selic afeta os investimentos

Mudanças na taxa Selic influenciam também: taxas de financiamentos, juros do cartão de crédito, cheque especial, rendimentos de títulos públicos e privados. Ainda, empresas que possuem dívida financeira alta podem ser afetadas por terem suas margens apertadas devido ao aumento desse tipo de custo. No mercado de capitais, mais cautela. Com a renda fixa mais atrativa, muito capital investido pode migrar, fazendo com que as empresas possam ficar mais baratas, perdendo valor de mercado.

Com a alta na taxa de juros, a renda fixa volta a ser tendência. Com taxa de juros real, que é a diferença entre inflação e taxa de juros, o investidor que escolher ativos de renda fixa conseguem uma variação positiva na carteira e também segurança.

Após a mudança na Selic, a caderneta de poupança segue com retorno fixo de 6,17% ao ano, mais a taxa referencial, e vai continuar a perder para a inflação.

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A elevação na taxa Selic beneficia os títulos de renda fixa atrelados à própria Selic ou ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário), um indicador com valor próximo da Selic. Um dos exemplos é o Tesouro Selic, título público do governo que paga o valor da taxa básica de juros mais um valor adicional pré-definido.

Além disso, os CDBs (Certificados de Depósito Bancário), LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) e LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio) também são beneficiados, assim como fundos e ETFs (fundos de índices) de renda fixa.

O investidor deve ficar atento na hora de escolher quais ativos devem compor a carteira, para os encargos e riscos de cada um. Para os CDBs, há a garantia do FGC (Fundo Garantidor de Créditos) para aplicações de até R$ 250 mil. No caso de Títulos do Tesouro, atenção para a data de vencimento, pois recolhimentos anteriores estão sujeitos às flutuações dos preços dos ativos, a chamada marcação a mercado.

Felizmente, hoje existem no mercado instituições que descomplicam todos esses detalhes dos investimentos para quem quer aplicar o seu patrimônio de forma transparente e assertiva.

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