A definição sobre o percentual de cotas que a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) irá adotar no vestibular 2014 foi adiada mais uma vez e será votada na próxima terça-feira pelo Conselho Universitário. A tendência é pelo aumento da reserva de vagas, que hoje está em 30%.
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De acordo com a pró-reitora de graduação, Roselane Campos a votação não passa da próxima reunião do Conselho para não atrasar todo o processo de vestibular. O segundo adiamento consecutivo, ocorrido nesta quinta-feira, deve-se à discussão sobre o ingresso de professores na universidade, que tem sido debatida desde a última terça.
Aumentar o percentual de cotas é um tendência para cumprir a lei federal aprovada no ano passado. Ela obriga que até 2016 as instituições federais destinem 50% das vagas a alunos que fizeram o ensino médio em escolas públicas.
Até o vestibular 2013, dos 30% reservados pela UFSC, 10% eram para alunos negros. Os outros 20% seguiam os critérios da nova lei.
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Já a adoção do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) foi descartada. A universidade vinha estudando deixar parte das vagas para serem preenchidas pelo sistema do Ministério da Educação, o que seria decidido pelo Conselho. Para debater melhor com a comunidade universitária, essa opção ficou para ser encaminhada no ano que vem.
::A lei::
– De acordo com a lei 12.711de 29 de agosto de 2012, 50% das vagas serão reservadas para estudantes que concluíram o ensino médio em escolas públicas
– O prazo para adequação à nova legislação vai até 2016, quando 50% dos alunos que ingressarem em uma instituição federal já terão que ter sido beneficiados pela lei
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::Destas vagas reservadas::
– metade serão destinadas a estudantes com renda mensal familiar igual ou inferior a 1,5 salário mínimo per capita.
– metade para estudantes de escolas públicas com renda familiar superior a 1,5 salário mínimo per capita.
– nos dois casos, também será levado em conta percentual mínimo correspondente ao da soma de pretos, pardos e indígenas no Estado, que de acordo com o último censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) corresponde a 16%.
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