“O mundialmente reconhecido historiador Will Durant, enumerou num dos volumes de sua monumental obra os cem livros mais importantes que um homem culto deveria ler, a começar pela Bíblia, por ser este o primeiro livro organizado como tal, além do que uma referência sobre a moral inconteste.
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Em muitas passagens, os profetas e até mesmo Jesus Cristo abominaram juízes iníquos e os vendilhões do templo, invocando a eles implacável justiça divina. Em 1865, os EUA foram confrontados com o dilema de escolher, mesmo que com sacrifício e sangue de seus filhos, entre um país livre e democrático e um país tolhido pela injustiça. Do sofrimento da guerra civil fez-se uma nação que legou ao mundo uma geração capaz de conter duas sangrentas guerras mundiais, ambas provocadas por tiranias europeias.
Nosso país, tal como o faz no presente, figurou virtualmente como expectador da história. A nação norte-americana, por isso, respeita a Justiça e não admite prevaricadores em sua Suprema Corte. Em 18 de setembro de 2013 o povo brasileiro, assombrado pela impunidade reinante, foi expectador de uma inusitada decisão tomada por um único homem do STF. Ao dizer sim ao pleito dos advogados dos criminosos já condenados, ele consumou a convicção popular de que essa corte não mais merece consideração da nação brasileira.
Por ter dito sim, contribuiu para o retrocesso no caminho da inclusão do Brasil na categoria dos países civilizados. O tedioso discurso de voto de Celso de Mello, bem nos faz lembrar a célebre observação de Einstein sobre o Brasil em 1922: o brasileiro parece discursar para si próprio e ser dotado de miolo mole, o que pode ser resultante da conjunção da alta umidade e temperatura dos trópicos.“
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