O comércio recebeu com entusiasmo a diminuição da taxa de juros para o patamar de 9%, anunciada nesta quarta-feira pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom). Segundo a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), a decisão representa “um importante passo para que o Brasil consiga enterrar de vez o fantasma do juro real mais alto do mundo”.
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– Com as condições que se criaram hoje, com inflação sob controle e cenário externo ainda em fraca expansão, temos o melhor momento para reduzir as taxas de juros, e é isso o que o Banco Central está fazendo. A depender do que será feito na próxima reunião, em maio, o Copom estará a um passo de fazer história – afirmou o presidente da confederação, Roque Pellizzaro Junior.
Para o dirigente, a perseguição dos juros mais baixos pelo Banco Central criou um ambiente favorável à redução dos juros finais cobrados do consumidor, movimento que se iniciou com os bancos públicos, há duas semanas, e foi seguido pelas instituições privadas. Segundo Pellizzaro Junior, com o sexto consecutivo no juro, o Copom sinalizou uma reação ao prognóstico do Fundo Monetário Internacional de que o Brasil poderia perder até dois pontos percentuais de seu PIB (Produto Interno Bruto) em 2012 caso a crise internacional se aprofunde.
– Há ainda um cenário de muita instabilidade, com países da zona do euro ainda mostrando muita debilidade de recuperação, e nações pujantes, como a China, que já alertaram para um crescimento menor este ano, o que preocupa diretamente o Brasil – salientou.
O presidente da CNDL reforçou ainda o otimismo com o comportamento das vendas do varejo no mercado interno e o desempenho das pequenas empresas:
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– Com essa redução abrangente de juros por bancos públicos e privados, há mais condições de fortalecer os micro e pequenos negócios brasileiros – ponderou.