As centrais sindicais criticaram o tamanho da redução na taxa Selic, anunciada nesta quarta-feira pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom). Para a Força Sindical, a diminuição no juro de 9,75% para 9% ao ano foi “extremamente tímida”. Em nota assinada pelo deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical e conhecido por Paulinho, a entidade afirma que foi uma “queda conta-gotas”.

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– O Banco Central perdeu uma ótima oportunidade para fazer uma drástica redução na taxa básica de juros, que poderia funcionar como um estímulo para a criação de novos empregos e para o aumento da produção no país- critica o dirigente.

A nota afirma ainda que “os juros altos sangram o país e inviabilizam o desenvolvimento”. Segundo a Força Sindical, o mercado de trabalho tem reduzido o ímpeto de geração de vagas, ao mesmo tempo em que a indústria piorou seu desempenho nos últimos meses.

– Mais uma vez o Banco Central frustra os anseios dos trabalhadores – critica a entidade.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) ponderou que ainda há espaço para maior redução da taxa básica, de forma a se aproximar dos níveis internacionais, e que é necessário pressionar o sistema financeiro nacional a baixar também o spread.

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– Embora a nova queda da Selic seja um passo positivo, o Brasil continua com uma das maiores taxas de juros do mundo – afirma o presidente da entidade, Carlos Cordeiro.