Depois de seis horas de discursos, votações e justificativas, o deputado Esperidião Amin (PP), único catarinense na briga para ocupar a presidência da Câmara, saiu da disputa ainda no primeiro turno de votações. O catarinense mais votado nas últimas eleições esperava pelo menos 60 votos, mas na madrugada desta quinta-feira bateu a marca de apenas 36. Em fala após a votação que escolheu Rodrigo Maia (DEM-RJ) para o cargo, Amin não escondeu a insatisfação, mas encarou a derrota como parte do processo.

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— A votação foi decepcionante, mas cumpri rigorosamente com o que eu havia anunciado. Fui provocado a me inscrever por manifestações mais amplas e diversas dizendo que a casa precisaria de alguém com mais experiência ou serenidade, um dos requisitos que eu acho que poderia oferecer — avalia Amin.

Ao deixar a disputa, o catarinense viu Maia vencer o mais provável adversário, Rogério Rosso (PSD-DF), no segundo turno da votação, pelo placar de 285 a 170 votos. O agora presidente comandará a Casa nos próximos sete meses.

Com passagens nas cadeiras da prefeitura de Florianópolis, governo de SC, senado, presidência nacional de seu partido, o deputado afirma que há muito tempo deixou de brigar por resultados em eleições – sejam diretas ou indiretas. Questionado se a casa perderia algo com a derrota, o Amin fui incisivo.

— Eu acho que a casa fez a sua decisão. Votou valeu. Não perde nada, só fizeram uma escolha diferente da que eu achava necessária, mas prevalece a maioria — afirmou.

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Nesta manhã Amin participa da reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara para decidir sobre o recurso do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).