Um pastor de 16 anos foi decapitado na sexta-feira passada por jihadistas na região tunisiana de Sidi Buzid quando cuidava seu rebanho de ovelhas nas ladeiras de uma montanha.
Continua depois da publicidade
Mabruk Soltani foi executado porque negou a entregar seus animais aos jihadistas.
Os assassinos obrigaram seu primo, Chokri, de 14 anos, testemunha do crime, a levar a cabeça de Sidi a seus pais, segundo fontes da família e do ministério do Interior.
A chegada de Chokri, coberto de sangue, com a cabeça de seu primo em uma bolsa causou horror à família, que alertou imediatamente as forças de segurança, que demoraram horas para chegar.
A cabeça do menor teve de ser colocada numa geladeira, segundo contou o irmão mais velho do pastor.
Continua depois da publicidade
No dia seguinte, a família, desafiando o perigo e o medo, subiu a montanha para recuperar o corpo do filho, que foi encontrado custodiado pelos cães pastores.
O primeiro-ministro tunisiano Habib Essid admitiu a demora e o erro das forças de segurança.
O assassinato do adolescente, o segundo de um civil em um mês, não foi reivindicado, nem pelo Falange Okba Obn Nafaa, principal grupo armado tunisiano vinculado à Al-Qaeda.
Durante o fim de semana, o exército lançou uma operação no monte Mghilla, durante a qual matou ao menos um suposto jihadista.
Desde a vitória da revolução em 2011, a Tunísia registra um aumento das atividades jihadistas.
Dezenas de policiais e militares e 59 turistas estrangeiros morreram este ano em dois atentados reivindicados pelo grupo Estado Islâmico (EI).
Continua depois da publicidade
* AFP