A onda de demissões na indústria metalmecânica demorou, mas chegou a Jaraguá do Sul e região. Segundo estimativas do sindicato dos trabalhadores, houve a redução de 8% nas vagas de emprego nos segmentos de metalurgia que atendem a construção civil e autopeças no primeiro semestre.

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Alternativas como redução da jornada de trabalho e banco de horas têm sido adotadas com força desde março para protelar as demissões, mas “o mês de junho foi desastroso”, lamentou o presidente, Silvino Volz.

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A Metalúrgica Lombardi demitiu na semana passada 80 dos 120 funcionários – e o pagamento de salários e verbas rescisórias, que giram em torno de R$ 2,5 milhões, ainda não foram negociados.

A Carello, de Guaramirim, reduziu o quadro em 25%. Em Schroeder, a Menfund, do grupo Menegotti, demitiu 85 pessoas desde o início do ano.

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A indústria alerta que este movimento de fechamento de postos já era esperado e as perspectivas para o segundo semestre não são animadoras.

A tendência é de estabilização, mas dificilmente conseguiremos retomar as contratações nos mesmos níveis – salienta o presidente do Sindicato das Indústrias e vice-presidente regional da Fiesc, Celio Bayer.

A má gestão de algumas companhias é um importante fator, ainda que a crise atual leve todo o crédito. Também pesam nas decisões os altos juros, a carga tributária e aumento do preço dos insumos, em especial energia e gasolina, e falta de estímulo e confiança para o investimento.