Mais de 25 mil trabalhadores da indústria não completaram a educação básica no Vale do Itapocu. Os reflexos da falta de escolaridade impacta, além da competitividade das empresas, na valorização dos profissionais e na qualidade de vida das pessoas, quando precisam tomar decisões também em família, por exemplo.
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Com este diagnóstico, que data de 2013, agora a Câmara da Indústria pela Educação da Fiesc quer saber a intenção dos pais de alunos da rede municipal e estadual em concluir o ensino fundamental e médio. A educação de jovens e adulto chega a cerca de dois mil trabalhadores nas parcerias do Sesi e da SDR, e em 2016, serão 1.350 vagas gratuitas.
Junto com a Secretaria de Educação de Jaraguá e a Gerência Regional de Educação, o sistema Seis/Senai/Senac e o IEL vão agora traçar um plano de ação para aumentar a escolaridade dos trabalhadores e atacar os motivos da evasão escolar. A transformação da escola Vitor Meirelles, no Três Rios, que conseguiu engajar a comunidade e criar uma identidade com alunos e professores, foi apresentado como case de sucesso e deve servir de exemplo a outras unidades.
Índices
A Fiesc colocou como meta a escolaridade básica de 63% dos trabalhadores até 2017. Jaraguá já está neste nivel, mas todos os outros município do Vale ainda tem muito o que trabalhar. Guaramirim está com 51%, e Massaranduba e Schroeder com 48%. O pior resultado está em São João do Itaperiu, onde apenas 45% dos 373 trabalhadores completaram o ensino médio.
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“Escola em tempo integral é muito bom, mas os pais têm que lembrar que os filhos são deles” – Gildo Alves, presidente do sindicato vestuarista.