Com um volume de 549 toneladas em outubro, Jaraguá do Sul bateu novo recorde de coleta de lixo reciclável, e a prefeitura anuncia que a cidade está entre as maiores recicladoras. A quantidade representa 16,4% do total de lixo recolhido no município e significa também uma renda média mensal de R$ 1,5 mil aos 120 catadores envolvidos na separação e reaproveitamento do material.
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O sucesso do programa Recicla Jaraguá é praticamente incontestável, ainda que o custo do programa seja expressivo. São cerca de R$ 160 mil ao mês, entre compra de sacos plásticos e caminhão para coleta seletiva. Difícil é calcular a contrapartida, como economia com transporte e transbordo no aterro sanitário de Mafra e o cumprimento das metas do Plano Nacional de Resíduos.
Na conta ainda precisa pesar o trabalho de base feito pela equipe para elaborar o Plano Integrado de Gestão de Resíduos Sólidos, que inclui manejo de orgânico e reciclável. O consórcio dos sete municípios da Amvali proporcionaria redução de custos para as prefeituras como o ganho de escala e serviço feito sem fronteiras.
O levantamento, apresentado esta semana aos prefeitos, aponta necessidade de investimentos na ordem de R$ 140 milhões apenas para Jaraguá do Sul, por isso a concessão do serviço deve ser de 30 anos. A base de dados dos resíduos produzidos nos outros município começará a ser elaborada a partir do dia 16 de novembro, quando os técnicos e prefeitos se reúnem novamente. Estima-se que a microrregião produza 150 toneladas de lixo por dia.
Cabeça dura
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O recorde na quantidade de material recolhido como reciclável, entretanto, merece um adendo. Cerca de 15% do volume encaminhado às cooperativas e associações de catadores acaba indo mesmo para o aterro sanitário. Esse percentual de rejeitos na triagem do lixo reciclável é considerado elevado e a separação errada, em casa, seria a grande culpada, diz a Fujama. Mas o refugo pode sim ser reduzido com mais organização interna.