A TV Globo promoveu, no final da noite desta sexta-feira (27), os debates ao vivo entre os candidatos à prefeitura nas capitais de três estados: Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ) e Recife (PE). 

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Em Santa Catarina o debate também foi realizado pela NSC TV, em Joinville. Em Blumenau, o debate foi cancelado. Os dois são os únicos municípios catarinenses que terão disputa em segundo turno nas Eleições 2020. 

No Norte do estado, participam da sabatina os candidatos Adriano Silva (NOVO) e Darci de Matos (PSD), que receberam no primeiro turno 60.728 votos e 66.838 votos, respectivamente. O objetivo foi aprofundar os programas de governo.

O último debate nas eleições 2020 em Blumenau, que ocorreria às 22h30min desta sexta-feira na NSC TV, foi cancelado. O candidato e atual prefeito, Mário Hildebrandt (Podemos), apresentou atestado médico à produção e, por questões de saúde, não pode participar do embate com João Paulo Kleinübing (DEM).

> Debate em Blumenau é cancelado após Hildebrandt alegar problemas de saúde

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Como foram os debate do segundo turno nas capitais brasileiras

Debate em Porto Alegre

O debate dos candidatos à Prefeitura de Porto Alegre nesta sexta-feira (27) foi marcado por confrontos entre Sebastião Melo (MDB) e Manuela D’Ávila (PCdoB).
Os dois candidatos trocaram provocações em tom ideológico. Manuela disse que Melo estava “abraçado à direita de Bolsonaro” –o emedebista acenou aos simpatizantes do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante a campanha, se disse contra a vacina obrigatória e incluiu as escolas cívico-militares no seu programa de governo.
Manuela questionou por que Melo mudou de opinião sobre a manutenção da Carris, a empresa de transporte municipal, como pública. “O mundo mudou, eu também mudei”, disse Melo.
Já Melo disse que a candidata do PC do B só olhava para o passado, sendo stalinista, “dos anos 1950”, de uma “ideologia que não deu certo em nenhum lugar do mundo”. No primeiro turno, a porto-alegrense e candidata pelo PCdoB teve 187.262 votos e o goiano e candidato pelo MDB, 200.280 votos, respectivamente. 

Debate no Rio de Janeiro

O último debate entre o prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) e seu antecessor Eduardo Paes (DEM) antes do segundo turno, promovido pela TV Globo, foi marcado por troca de ofensas e ameaças por expectativa de prisão. Crivella tomou a iniciativa das acusações e afirmou que Paes será preso durante seu mandato caso seja eleito. O candidato do DEM devolveu a acusação, referindo-se à investigação de suspeitas de corrupção na atual gestão.

Crivella buscou cunhar a expressão “Eduardo Paes rouba, mas faz”, enquanto o ex-prefeito manteve a acusação de “pai da mentira” explorada em sua propaganda de TV. As trocas de acusações levaram a dois direitos de resposta para cada candidato no primeiro bloco, sendo que cada um teve mais um negado pela emissora.

Debate em São Paulo

Em São Paulo, o debate entre Bruno Covas (PSDB) e Guilherme Boulos (PSOL) foi cancelado nessa sexta-feira (27). O candidato do PSOL testou positivo para a Covid-19. Conforme nota da equipe de Boulos, ele não apresenta sintomas da doença e deve seguir a quarentena pelo período recomendado.

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Debate em Recife

Na reta final de uma das eleições mais acirradas da história do Recife, os deputados federais e primos João Campos (PSB) e Marília Arraes (PT), bisneto e neta do ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes, respectivamente, protagonizaram um debate com poucas propostas, muitos ataques e confrontos sobre questões religiosas.

Campos investiu no antipetismo. Criticou duramente as gestões do PT no Recife. Declarou que, na época em que o partido governava a capital pernambucana, a cidade estava abandonada, com lixo por todos os cantos.
Na réplica, Marília lembrou que, quando o PT comandava a cidade, ela não era da sigla. Disse ainda que o PSB integrou as três gestões petistas, incluindo a vice do ex-prefeito João da Costa (PT).

Com informações da Folha Press