A reta final da campanha do segundo turno das eleições 2024 promete dias movimentados na política nas 52 cidades brasileiras que voltarão às urnas neste domingo (27). A programação nos principais municípios do país envolve eventos com “padrinhos políticos” e públicos específicos, como empresários e eleitores evangélicos, divulgações de pesquisas e debates em que os candidatos devem tentar consolidar ou reverter votos.
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Em São Paulo, maior cidade da América Latina, a campanha deve ter um acirramento ainda maior das campanhas de Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL). Nesta segunda-feira (21), o psolista já agitou sua base com a divulgação de uma carta aos moldes da “carta aos brasileiros”, feita por Lula na vitoriosa campanha presidencial de 2002.
Em um prometido “anúncio-surpresa”, Boulos também informou que dormirá na casa de eleitores e apoiadores até o fim da semana. As estratégias buscam “virar voto” de eleitores e permitir uma reversão dos resultados projetados pelas pesquisas, que até o momento apontam vantagem do atual prefeito Ricardo Nunes na corrida pela prefeitura.
Em Belo Horizonte (MG), o candidato bolsonarista Bruno Engler (PL) intensificou os ataques ao adversário Fred Norman (PSD), atual prefeito e que está à frente nas pesquisas. Ele também participou de motocarreata com Bolsonaro no fim de semana. Norman, por sua vez, deve apostar em visitas a comunidades nos últimos dias de campanha.
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A última semana também deve ter uma enxurrada de pesquisas de intenção de voto. Em São Paulo, há pelo menos sete levantamentos registrados na Justiça Eleitoral e que devem ser divulgados até o sábado (26). Entre eles estão novas rodadas de pesquisas Quaest (quarta e sábado) e Datafolha (quinta e sábado). Os institutos também têm pesquisas previstas para as outras capitais em que há segundo turno.
Em Curitiba, onde dois candidatos bolsonaristas disputam o segundo turno, ao menos 11 pesquisas devem ser divulgadas nos últimos dias. Até o momento, Eduardo Pimentel (PSD) vem apresentando ligeira vantagem sobre Cristina Graeml (PMB) nos levantamentos divulgados. Bolsonaro também avalia ir a Curitiba para participar de um ato – o PL indicou o vice de Eduardo Pimentel, mas nas últimas semanas Bolsonaro sinalizou preferência pela candidatura da jornalista do PMB.
Debates e agendas nas ruas
Como de costume, os debates eleitorais também devem estar entre os principais atos da reta final da campanha antes do segundo turno. O debate da TV Globo ocorre na noite de sexta-feira (25), último dia em que a legislação eleitoral permite esses encontros. Ao longo da semana, os candidatos também devem participar de sabatinas em veículos de comunicação.
Em paralelo aos debates, as campanhas também devem apostar nos eventos de rua e na visita de “padrinhos políticos”. Em São Paulo, Boulos participará de evento com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). Já a participação de Lula na reta final ainda é uma incerteza, já que o presidente sofreu um acidente doméstico e está em acompanhamento após ter um ferimento na cabeça. Lula e Boulos fizeram uma live na última semana.
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Por sua vez, Nunes deve levar o ex-presidente Jair Bolsonaro a um evento com empresários. A agenda é esperada depois que no primeiro turno Bolsonaro oscilou entre apoio a Nunes e sinalizações a Pablo Marçal.
Em Porto Alegre, onde Sebastião Melo (MDB) busca a reeleição enfrentando Maria do Rosário (PT), as campanhas tiveram caminhadas, carreatas e eventos públicos nos últimos dias. Esta deve ser a aposta dos concorrentes para a reta final da campanha, além das participações em debates.
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