As circunstâncias da fuga de dois detentos do Presídio Regional de Joinville, na madrugada desta quarta-feira, estão na mira da corregedoria do Departamento Estadual de Administração Prisional (Deap). Um funcionário foi afastado para investigação.
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Ao contrário de anos anteriores, quando plantões desfalcados de agentes e falhas estruturais eram apontados como justificativas, desta vez não se descarta que houve falha na segurança.
– Em princípio, houve falha. A dimensão dela é que vamos descobrir -, anunciou o diretor do Deap, Leandro Antonio Soares Lima.
Segundo o diretor, a unidade contava com gente suficiente e aparato de videomonitoramento para impedir a fuga.
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– Estamos extremamente decepcionados. As circunstâncias, ao meu ver, são muito desagradáveis. Houve investimento para que isso não acontecesse. Vamos tomar providências para esclarecer essa culpa -, reforçou Leandro.
Além de determinar a instauração de uma sindicância – membros da corregedoria já estiveram no presídio ontem -, a direção do Deap também exigiu o afastamento de um funcionário terceirizado que monitorava as câmeras de segurança. Nas palavras de Leandro, o profissional “não cumpriu seu papel” no episódio.
Os dois detentos alcançaram o lado de fora após serrar uma grade e pular o muro, por volta das 4 horas. A tropa da Força Nacional presente no presídio, na avaliação de Leandro, não pode ser responsabilizada porque os homens do Exército dormem na Penitenciária Industrial, que fica no terreno ao lado, e não têm a tarefa de fazer a vigilância dos presos. Outros quatro internos foram abordados por agentes prisionais enquanto também tentavam fugir.
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O diretor do presídio, Cristiano Teixeira da Silva, não atendeu aos telefonemas até o fechamento da edição.
OS PRESOS
Recapturados:
Gilmar de Lima das Chagas, 21
Rodrigo Gonçalves, 23
Wagner Rodrigo Dias, 23
Cristiano Silva do Nascimento, 24
Foragidos:
Jean Augusto Ramos, 22 anos
Edenilson Ferreira, 28 anos