O diretor do Departamento Estadual de Administração Prisional (Deap), Leandro Lima, informou que o Deap organizou mais de 200 operações no Estado, em menos de um ano, focadas em encontrar celular.

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As operações ocorreram a partir de informações repassadas pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen). As informações foram produzidas com o uso de um aparelho chamado GI-2, um dispositivo que permite rastrear e localizar com precisão celulares e chips numa determinada área.

Conforme o diretor do Deap, de janeiro de 2012 até novembro de 2012, foram apreendidos 576 celulares ilegais. Lima ressalta que o aparelho rastreia inclusive celular de agentes penitenciários e que por isso, nem todos os números são de presos.

O diretor do Deap observou que os celulares entram no sistema prisional de forma ilegal, por meio de visitas ou arremessamento.

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Atualmente, SC possui seis unidades com bloqueador de celular. O diretor do Deap informou que está sendo feito um levantamento para instalar bloqueador em todas as unidades do Estado e que está avaliando novo pedido para uso do equipamento GI-2 em SC.

Mais de 2 mil celulares ilegais foram rastreados pelo Ministério da Justiça em 21 presídios catarinenses, em um período de 14 dias. Com base nesses dados, Santa Catarina ocupa o segundo lugar no ranking de estados com o maior número de celulares proibidos em uso no sistema prisional, em um total de seis estados mais o Distrito Federal.

Os números divulgados pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen) confirmam que a comunicação por parte dos presos com o lado de fora do cárcere é um dos problemas a serem enfrentados no combate ao crime organizado.

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Esta forma de crime atua dentro e fora das cadeias, a exemplo da facção criminosa Primeiro Grupo Catarinense (PGC), investigada pela autoria dos ataques em SC. Os 2.094 celulares em uso entre 8 a 22 de janeiro de 2012, em 21 unidades prisionais de SC, localizados pelo Depen, eram usados por presos dessas unidades.

O GI-2 é capaz de informar inclusive em qual cela está o celular rastreado. O Depen empresta o equipamento quando há pedido formal do Ministério Público, da Justiça ou da administração penitenciária.

Uma equipe do Depen leva a maleta com o GI-2 até a unidade que será rastreada, produz um relatório com todos os telefones e encaminha à autoridade competente. Esta faz a triagem do que é celular de funcionário e o que é celular de preso, e decide se apreende o celular, pede o bloqueio ou interceptação, conhecido como grampo.

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O Depen localizou nove mil celulares em sete estados, entre novembro de 2011 até novembro de 2012. O Brasil possui um aparelho GI-2 que custa cerca de R$ 1 milhão.

Onde tem bloqueadores em SC:

Complexo Penitenciário de Florianópolis

Penitenciária Industrial de Joinville

Presídio de Caçador

Unidade Prisional Avançada de Videira

Presídio de Joaçaba

Presídio de Rio do Sul