“Não está tudo errado”. Essa foi uma das frases enfatizadas pelo técnico Geninho na sua apresentação pelo Avaí, na tarde desta sexta-feira, na Ressacada. O treinador vai substituir Claudinei Oliveira, que ficou no comando azurra por quase dois anos. Até por isso, a atual maneira de jogo do Leão está clara e o elenco acostumado a isso, mesmo que irrite os torcedores. Fazer os jogadores buscarem mais o gol é uma das missões com a troca, porém, o novo eleito elogiou a estrutura defensiva montada pelo antecessor.
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– Eu vinha acompanhando. Vi alguns jogos esse ano. Assisti ao duelo contra o Vila Nova e também diante do Goiás. O time fez um bom trabalho. Não está tudo errado. O Avaí tem uma maneira de atuar e que prioriza uma marcação forte. É surpresa sofrer um ou dois gols, mas eu estou aqui porque penso que algo tem que mudar. Temos que manter a estrutura de marcação, mas jogar um pouco mais adiantado, como foi no segundo tempo contra o Goiás. Fazer com que o torcedor sinta que o time dele quer ganhar e jogue junto – disse Geninho.
O treinador destacou ter um bom relacionamento com Claudinei Oliveira. Eles, aliás, trabalharam juntos no Santos. Na ocasião, Geninho era o técnico do então goleiro do Peixe. Até por isso, ele pretende o contato para saber os pontos positivos e negativos do atual elenco do Avaí. Mas voltou a explicar o que pretende fazer ao colocar o Leão mais à frente dentro de campo.
– Quando digo atacar mais, não significa que será só ataque. Não quero tirar o DNA de marcação desse time, mas não quero que seja apenas reativo. Quero que ataque em bloco, que chegue com mais gente à frente. Mas quando tem a bola não jogue somente no contra-ataque. E isso vai precisar de trabalho. O Claudinei fez um trabalho positivo. Na soma foi isso. E demora para tirar esse vício. Eu quero que permaneça marcando bem, fechando espaço e jogue no coletivo – falou.
Geninho retorna ao clube após três anos e com a missão de recolocar o Leão na elite, um caminho que conhece bem. Em 2014, o treinador comandou o time na campanha da Série B daquele ano, quando terminou na quarta colocação e subiu de divisão. Na avaliação dele, em 2018 a quantidade de equipes que vão brigar pelas vagas será maior e, por isso, considera que a dificuldade aumenta. Mas para galgar um lugar entre os melhores do futebol nacional no próximo ano, ele conta com um trunfo: a presença da torcida na Ressacada.
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– A Série B desse ano vai ser uma das mais difíceis. Temos muitos times que vão brigar pelo acesso. Vai ser complicado. É diferente de 2014. É mais fácil falar dos times que não têm chances do que os que têm. Vencer em casa e beliscar pontos fora vai dar uma condição muito boa. Sei que a torcida está triste. O nosso objetivo é a Série B. Se conseguirmos isso, no ano que vem teremos a Série A. Falei em 2014 que a presença do torcedor na Ressacada é fundamental para o time ganhar força. Mas sei que temos que trazer o torcedor através das vitórias – completou.
Depois de subir com o Avaí, em 2014, Geninho se destacou no comando do ABC, onde conquistou o bicampeonato potiguar nos anos de 2016 e 2017. O Mais Querido, aliás, é o último time comandado por ele. O treinador deve ficar no banco de reservas neste sábado, às 16h30min, quando o Leão estreia como mandante na Série B diante do Brasil de Pelotas. Na primeira rodada, a equipe perdeu por 1 a 0 para o Vila Nova, em Goiânia.
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