Não se assuste se for ao Ribeirão da Ilha e encontrar o zagueiro Douglas do Figueirense pescando com tarrafa. O novo xerife alvinegro nasceu, foi criado e mora até hoje em um dos bairros mais pacatos de Florianópolis. O sotaque manezinho é carregado e nas horas vagas o atleta ainda saí com o pai para pescar nas águas do Ribeirão.
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Foram 10 anos longe de Santa Catarina. O tempo distante de casa fez Douglas amadurecer e aprender coisas que ele não imaginava. Hoje, o capitão do Furacão fala hebraico, língua que aprendeu nos seis anos e seis meses que morou em Israel.
O retorno para Florianópolis não foi por acaso. Douglas já tinha o desejo de voltar para o Brasil e ficar mais próximo da família, mas com a contratação de Adilson Batista pelo Figueirense as portas do Orlando Scarpelli se abriram.
– Eu já tinha trabalhado com o Adilson, foi ele que me lançou no Avaí. Eu tenho muita gratidão por isso e essa oportunidade de trabalhar com ele de novo é especial – conta Douglas.
No Ribeirão o zagueiro está realmente a vontade. Ele mora em frente a casa dos pais, que fica na beira do mar e ao lado do campo de areia que Douglas chutou pela primeira fez uma bola. O contato com a família e o tempo com os filhos são muito importantes para o capitão. Por isso, ele enfrenta duas horas de estrada até o CFT do Cambirela para treinar todos os dias.
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– É muito bom ficar em casa, eu não gosto de dormir em hotel. Fazia muito tempo que isso não acontecia comigo. É bom ficar com os meus filhos, esposa e pais. O Adilson está vendo o nosso comprometimento – disse Douglas, agradecendo a confiança do treinador que liberou o elenco alvinegro da concentração.
Em casa, o zagueiro quer fazer história com a camisa do Figueirense, ser campeão e conseguir o acesso para a Série A.
– Todos nós estamos aqui com o intuito de crescer e ficar na história do Figueirense para sempre.