Uma moradora do município de Governador Celso Ramos, na Grande Florianópolis, faz sucesso nas redes sociais ao contar histórias de diversos locais do país, inclusive de regiões de Santa Catarina. Gabrielle Lima é conhecida como “Gabi” no Instagram, onde acumula mais de 350 mil seguidores.

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Carioca formada em Pedagogia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Gabrielle mora em Santa Catarina há nove meses. No perfil das redes sociais, ela conta histórias e lendas de regiões em São Paulo, Rio de Janeiro e, também, do estado catarinense.

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Entre os vídeos mais recentes da influenciadora, está a história do “casarão assombrado”, de Joinville, ou seja, do Casarão Villa Maria, que fica na Avenida Procópio Gomes e já foi lar do ex-prefeito Procópio Gomes de Oliveira. O vídeo soma mais de 80 mil visualizações nas redes sociais.

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Igreja dos escravos e água milagrosa

A capital catarinense, Florianópolis, também não fica de fora do perfil de Gabrielle. Um vídeo sobre a igreja Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, que fica na área central da cidade, conta que ela era frequentada por escravizados da região que queriam seguir a religião, mas não podiam frequentar a mesma igreja que homens brancos.

Um dos vídeos com mais visualizações no perfil de Gabrielle é feito, inclusive, em Santa Catarina. No reel do Instagram, a influenciadora toma um banho em uma “banheira da água milagrosa”, que fica em Santo Amaro da Imperatriz. No vídeo, ela compartilha lendas que dizem que as águas das banheiras históricas “curam qualquer doença”.

O local, que fica a 38 quilômetros da capital catarinense, é conhecido, ainda, pela visita da Imperatriz Tereza Cristina, em 1845, que também tomou banho nas águas que prometem milagres. O vídeo da influenciadora soma mais de 110 mil visualizações.

— Eu gosto muito de juntar as duas coisas, de poder descobrir culturas diferentes ao redor do país e usar a tecnologia para levar [as histórias] às pessoas que não podem viajar — conta.

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Gabrielle, que se considera uma “amante da história”, conta que, desde cedo, o pai, que é historiador, a levava para fazer viagens históricas, e contava para ela as memórias dos lugares.

— Sempre que eu viajava com outras pessoas, eu reproduzia o que ele falava sobre a história dos locais. Acabei fazendo isso na vida adulta também, e descobrindo mais lugares e mais histórias. Isso me fez criar uma paixão muito grande pela história do Brasil, principalmente — compartilha a influenciadora.

Desde que se mudou para Santa Catarina, ela diz que o que mais a atrai nas cidades do Estado é a natureza super preservada que é atrelada à história.

Como é a procura pelas histórias

Primeiramente, Gabrielle procura se há imóveis tombados na cidade que vai visitar: locais aos quais o Poder Público atribuiu valor histórico e, por isso, devem ser preservados. A procura se dá nos órgãos responsáveis, bem como no site da prefeitura dos municípios. Somente depois desse processo é que ela dá início à pesquisa local.

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— Eu pesquiso lendas locais, e aí quando eu chego na cidade, eu começo a perguntar de casa em casa. Eu gosto de sentar na porta das pessoas para poder perguntar sobre as coisas — conta.

Ela diz, ainda, que faz isso com facilidade no Ribeirão da Ilha, que é um bairro do Sul da Ilha de Santa Catarina.

— As pessoas mais velhas que moram ali são extremamente receptivas, e até hoje eu só tive pessoas assim para me ajudar a contar histórias locais — compartilha a influenciadora.

Amor pela história é geracional

A motivação de Gabrielle para contar as histórias é “perpetuar” um traço que o avô dela deixou.

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— Ele fazia isso com meu pai, que contava as histórias locais para mim e hoje eu quero contar para o mundo — diz.

A pedagoga diz, ainda, que já conheceu muitos lugares de Santa Catarina que os seguidores catarinenses afirmaram não conhecer.

— É muito satisfatório para mim poder deixar essas pessoas em contato direto com a história — conclui.

Conheça os lugares de SC visitados por Gabrielle

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*Sob supervisão de Andréa da Luz

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