Firme nas respostas sobre a carreira de bailarina e focada até quando se trata de um trabalho publicitário, Mayara Magri, 19 anos, já não é mais a menina que competia no Festival de Dança de Joinville pela carioca Petit Danse. A passagem por Joinville, na semana passada, foi uma prova de que muita coisa mudou desde 2010, ano em que ela recebeu o título de melhor bailarina da competição.
Continua depois da publicidade
Circulando pela Feira da Sapatilha, ela é quase uma pop star da dança. Fotografias e autógrafos são coisas que passaram a fazer parte da rotina de Mayara, primeira brasileira a vencer o Grand Prix de Lausanne, na Suíça, vitoriosa no concurso Youth America Grand Prix e hoje integrante do corpo de baile do Royal Ballet, de Londres.
A vaga para Lausanne foi conquistada com o bom desempenho no evento joinvilense e fundamental para que a carioca se tornasse conhecida fora do País. Mayara estudou por um ano na escola do Royal e garantiu outro feito: entre 33 alunos, foi uma das duas contratadas para a companhia profissional, da qual hoje ela faz parte do corpo de baile com outros cinco brasileiros.
– Tenho sorte de ter começado na melhor companhia – conta a brasileira.
Antes de ser considerada melhor bailarina do Festival, Mayara também já teve suas frustrações. Em 2009, um ano antes do título com a variação de Cisne Negro, ela saiu de Joinville sem uma única colocação.
Continua depois da publicidade
– Acho que foi o que me motivou a voltar no ano seguinte e dar o meu melhor – lembra a bailarina, que no ano passado voltou a Joinville como convidada da Noite de Gala.
Mayara aproveitou as férias do grupo londrino para participar de ensaios fotográficos para a Só Dança, grife que a patrocina há dois anos. Foram quase cinco dias em Joinville e nesta semana ela já começa a aproveitar as quatro semanas de folga ao lado dos pais e amigos no Rio de Janeiro. A irmã Mayanie, bolsista de uma escola de balé alemã, também vem ao Brasil em férias.
– Faz um ano que não fico com a minha família. Será um tempo para nem pensar em dançar – conta a bailarina, que ensaia mais de sete horas por dia e tem espetáculos pelo menos quatro vezes por semana, todos com plateia lotada, diga-se de passagem.