Uma nova força do futebol no Norte do país. É dessa forma que se pode definir o Manaus Futebol Clube, adversário do Brusque na decisão do título da Série D do Brasileiro. Com menos de uma década conseguiu um feito relevante ao futebol do Amazonas: há 20 anos um time não conquistava acesso de divisão. Fundado em maio de 2013, o clube é referência. Criado por ex-dirigentes do Nacional-AM, maior campeão do estado, teve rápida ascensão baseada em algo raro no Estado, a manutenção do elenco.

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Tanto que o destaque do Manaus FC nesta Série D, o artilheiro Hamilton, foi o primeiro jogador do estado do Amazonas a ter contrato renovado. Ele anotou oito gols até agora e divide a artilharia com Júnior Pirambu, do Brusque, adversário neste domingo. às 16h, no Augusto Bauer, no primeiro dos dois jogos pelo título da competição nacional. Além dos gols de Hamilton, outro motivo explica a campanha: a torcida.

A ascensão do time criou um fenômeno incomum ao futebol: reuniu torcedores de rivais, como Fast, Nacional, Rio Negro e São Raimundo, a favor do Manaus FC. Há caso de um torcedor pegar uma carga de ingressos com o clube e vender as entradas, com o próprio automóvel, pelas ruas de Manaus. O time começou a Série B jogando no Estádio Ismael Benigno, conhecido como Colina, e hoje manda os jogos na Arena da Amazônia e com um grande público. No jogo que definiu o acesso à Série C 2010, contra o Caxias-RS, havia 44.121 torcedores na arena.

– O time é novo. O amazonense gosta de futebol e a cidade está abraçando – comenta o jornalista Thiago Guedes, repórter da TV Amazonas.

Para o primeiro jogo diante do Brusque, neste domingo, a viagem iniciou até Santa Catarina iniciou na quinta-feira. Na véspera do embarque, jogadores e comissão técnica foram saudados pela torcida em um shopping de Manaus. Entre os atletas que receberam o incentivo está o meia Diogo Dolem, figura rodada no futebol catarinense. Formado nas categorias de base do Figueirense e com passagens por outros clubes como Metropolitano, Guarani de Palhoça, Barra e Almirante Barroso, o jogador de 27 anos chegou ao Manaus FC em agosto do ano passado.

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Rasante do Gavião Real

O time iniciou a caminhada no futebol profissional na segunda divisão, faturou o título logo no ano de estreia, em 2013, e conseguiu se estabelecer na elite do futebol regional. Com a manutenção da base do time há três anos, ergueu consecutivamente o título de campeão amazonense de 2017 para cá. Desde então, Gavião Real do Norte começou a alçar voos maiores no cenário nacional.

Disputou a Copa do Brasil em 2018 e este ano, em ambas foi eliminado na primeira fase com empates em casa. No ano passado entrou em campo pela primeira na Série D do Brasileiro, e viu o acesso à terceira divisão nacional escapar na disputa por pênaltis diante do Imperatriz-MA, que levou a melhor por 3 a 2 nas quartas de final. O acesso bateu na trave.

Aprendizado que o clube trouxe para este ano. O time comandado pelo técnico Wellington Fajardo se destaca pela consistência. É forte atuando na Arena da Amazônia (venceu os sete jogos que disputou diante da torcida) e longe de casa (sofreu apenas dois gols no mata-mata da Série D atuando como visitante). O elenco é formado basicamente por jogadores que têm ligação com o futebol do Norte.

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