
Tem a segunda maior economia e é o país mais populoso do planeta (cerca de 1,5 bilhão de pessoas). O PIB chinês é superado apenas pelo dos Estados Unidos. No entanto, de acordo com economistas, em termos de paridade do poder de compra, já é o país mais rico do mundo. Produz e exporta mais que qualquer outra nação, com 119 empresas na lista das 500 maiores do mundo, segundo o ranking de 2019 da revista Fortune.
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Quando o assunto é tecnologia, os chineses também vêm deixando suas marcas muito além das fronteiras do seu território, desafiando o mundo e nações poderosas, assim como as suas tradições milenares e a política de república comunista que rege seus habitantes
Entre tantos outros diferenciais está o incentivo ao desenvolvimento tecnológico das empresas por parte do governo. A tal ponto que Pequim (capital do país) já afirmou que até 2030 quer ser líder em Inteligência Artificial (IA), que hoje já é imensamente utilizada em setores como o da saúde chinesa, entre tantos outros. A previsão é de que, se nas próximas duas décadas a IA deve movimentar 15,8 trilhões de dólares globalmente, a China será responsável por pelo menos 7 trilhões deste total.
Um estudo realizado pela Foreseekers, uma das mais importantes empresas de inovação do mundo, em parceria com a China Internet Report 2019 mostra que o número de smartphones na China é 5 vezes o da população brasileira, 47% dos investimentos mundiais são em startups chinesas (35% nos EUA e Canadá juntos), ao mesmo tempo em que o país é responsável por 60% dos veículos elétricos vendidos mundialmente no ano passado.
A fusão de tecnologias é outro destaque do mercado de inovação chinês, que já está experimentando resultados de câmeras com inteligência artificial, instaladas próximas a semáforos, que podem ajustar suas luzes em resposta ao tráfego na via, enquanto mantém o controle com a maior indústria “big brother”, para o reconhecimento facial. Para completar, enquanto o mundo inteiro fala em acesso à internet 5G, a China já está prestes a mostrar os benefícios e os avanços da rede 6 G.
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Como se pode ver, há muito o que se aprender com os chineses e suas máquinas, suas descobertas e avanços tecnológicos. Porém, talvez o aprendizado mais importante esteja na adaptação científica à realidade cultural e territorial da nação, para atender às necessidades da sociedade como um todo. É dessa forma que os pesquisadores são levados à busca pela inovação e pela originalidade, com atenção especial a camadas da população de baixa renda.
Foi com essa visão que a China se tornou liderança em logística empresarial e conseguiu manter uma curva de crescimento histórica e ininterrupta do PIB, da urbanização, dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento. Para completar, a “cereja do bolo” não poderia ser mais saborosa: a renda per capita dos chineses triplicou em 20 anos.
*Ademar Paes Junior é médico radiologista e presidente da ACM