De olho em 2014, governador Colombo puxa a orelha e pede obras

Em pouco mais de 15 minutos na primeira reunião do colegiado do ano, já com a nova formação da equipe, o governador Raimundo Colombo (PSD) deu, nesta segunda-feira, o tom para os trabalhos de 2013: é hora de fazer a população sentir a presença do governo.

O recado foi colocar o bloco na rua, de olho no projeto da reeleição na campanha de 2014. O governador puxou a orelha da equipe. Sem citar nomes, criticou entrevistas em que integrantes do primeiro escalão destacam ações pessoais ou da secretaria, ao invés de falar sobre o governo como um todo.

A orientação é evitar a personalização, mas que todos que participam do governo sejam porta-vozes dos investimentos e resultados positivos da atual gestão. Colombo admitiu que 2012 foi um ano difícil, especialmente porque o crescimento da arrecadação foi de 6% – metade da meta para o ano.

As principais apostas do governo para deslanchar em 2013 e não chegar às eleições de 2014 com a impressão de que passou sem deixar sua marca são as obras do Pacto por Santa Catarina.

O governador e seus secretários enfatizaram que serão cerca de R$ 7 bilhões de investimentos – considerando os financiamentos – para os dois próximos anos.

– Entramos numa fase de grande execução de obras. A cobrança é para que se cumpram os cronogramas, que a gente não perca os prazos, exigência de qualidade. É importante essa gestão dos recursos para que as obras cheguem a seu tempo e prestem o serviço que as pessoas esperam – disse o governador.

Uma das principais preocupações do Executivo é com o crescimento da folha de pagamento. Em 2012, de acordo com o secretário da Fazenda, Antonio Gavazzoni (PSD), a folha fechou em R$ 7,9 bilhões e a previsão para este ano, com o crescimento vegetativo, chega a R$ 8,6 bilhões.

Por essa razão, as medidas de contenção de despesas continuarão em vigor. Gavazzoni é uma das novidades da reforma que Colombo fez no colegiado no início do ano. O pessedista chega com missão de aumentar a arrecadação do Estado. A meta oficial do governo é crescer 7,5% na arrecadação, mas o secretário tem mira nos 16%.